O Bruno Aparecido e a esposa saíram de madrugada de Franca, no interior, onde moram, rumo a São Paulo. O motivo é a compra de presentes de Natal dos cinco filhos e de outros familiares, já que a celebração do ano passado foi adiada. “Ano passado a gente não se encontrou pela pandemia, então reservamos esses dois anos e nem fizemos compra. Esse ano que deu para juntar um dinheirinho e comprar. Comprar um brinquedinho de lembrança, porque criança não agrada só com roupa”, relata. O começo da semana foi de movimento intenso no Largo da Concórdia, no Brás. O vendedor ambulante Roger David, vem notando fluxo mais intenso nos últimos dias e foi pra casa com sensação de dever cumprido. “Não via a hora de chegar dezembro, porque novembro nem aparecia que estava perto do fim do ano. Em 2019, novembro estava lotado, neste ano ainda estava fraco. E agora em dezembro que deu uma melhorada, depois do dia 15. [Agora] está parecendo sábado, agora é só alegria. Terminar a semana para comprar um chester”, afirma o vendedor, que espera conseguir dinheiro suficiente para presentear a família e manter as contas em dia.
“Primeiro trabalhar, juntas e depois gastar. Metade para gastar e metade para guardar, porque o começo de ano é difícil aqui. Aproveitar esse fim de ano para vender tudo”, conta. Diferente de Roger, no entanto, 30% dos consumidores que pretendem presentear este ano têm alguma conta em atraso. De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito em parceria com a Offer Wise, 67% estão com nome sujo, aumento de 16 pontos percentuais em comparação com o ano passado.
Fonte: jovempan
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