Neste sábado, 24, o Brasil terá um novo (ou velho) vencedor do Campeonato Brasileiro feminino. Corinthians e Internacional se enfrentam na Neo Química Arena, às 14h (horário de Brasília), para definir o futuro da modalidade. Essa é a sexta vez seguida que a equipe paulista chega na decisão do torneio desde que reativou seu departamento de futebol feminino, em 2016. A partir daí foram 3 títulos do Brasileirão, 3 Libertadores, 3 Campeonatos Paulista, 1 Copa do Brasil e 1 Supercopa do Brasil. O técnico Arthur Elias foi eleito duas vezes o melhor treinador da modalidade e jogadoras foram convocadas para a seleção brasileira. Em 2021, o grupo comemorou a Tríplice Coroa e, depois do ápice das conquistas, perdeu jogadoras importantes para a Europa como Giovanna Crivelari, Gabi Nunes, Victória Albuquerque e Paulinha; e outras para os rivais paulistas. No entanto, o clube trouxe nomes de peso como Liana Salazar, Lelê e Luana Bertolucci. A temporada parecia de novas conquistas, mas o time sofreu muito no primeiro semestre com a lesão de jogadoras. O rendimento caiu e os adversários evoluíram. Palmeiras, Internacional e São Paulo se reforçaram bem e fizeram uma grande primeira etapa.
Diferente dos outros anos, o Corinthians terminou a primeira fase do Brasileiro em 4º lugar com nove vitórias, cinco empates e uma derrota. A pausa para a Copa América serviu para o elenco se recuperar e se reforçar com a volta de atletas. Nas quartas de final, as Brabas enfrentaram o Real Brasília e tiveram vitórias apertadas por 2 a 0 e 1 a 0. O adversário na semifinal foi o arquirrival Palmeiras, mesmo da final de 2021. O que se desenhava uma quebra de hegemonia esbarrou em uma equipe forte psicologicamente e que soube se reestruturar e passar com facilidade das adversárias – que tiveram questões extracampo. Com ajuda da torcida e a continuidade da mentalidade vencedora da equipe, o Corinthians chegou mais uma vez à final e buscou o empate contra as Gurias, no Beira-Rio lotado.
O Corinthians acreditou no futebol feminino de maneira séria. Em 2016, firmou parceria com o Audax e, no ano seguinte, estruturou um departamento próprio para gerir a modalidade. A conselheira Cris Gambaré se tornou diretora, teve apoio do presidente e trouxe a expertise de ex-jogadoras, como Milene Domingues, para a vaga de embaixadora. No início, sofreu com derrotas indesejadas, mas manteve o treinador e a ideia de projeto. Em 2020, o clube anunciou que todas as jogadoras teriam contratos profissionais, sendo o primeiro da América do Sul a chegar nesse nível. Na final do Paulista de 2019 levou 28 mil torcedores à Arena em jogo contra o Paulista, o que seria recorde até o último domingo com a marca do Internacional. Os rivais precisaram se reforçar com qualidade para bater de frente com as campeãs. O Palmeiras montou um time promissor, assim como o São Paulo e, agora, o Internacional. Times como o RB Bragantino, Flamengo e Grêmio também estão no caminho da melhoria. Para a partida deste sábado, a torcida se organizou no movimento ‘Invasão Por Elas‘ a fim de incentivar o público. O clube divulgou que 39 mil ingressos foram vendidos e a expectativa é que um novo recorde seja estabelecido. Apesar de todos os feitos e recordes, ainda há o que melhorar. A gestão da base e o marketing em torno do time feminino ainda causa desagrado na torcida.
Fonte: jovempan
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