Após mais de cinco meses de guerra, o Conselho de Segurança da ONU adotou nesta segunda-feira, 25, sua primeira resolução pedindo um “cessar-fogo imediato” em Gaza, um pedido bloqueado repetidamente pelos Estados Unidos, que se absteve desta vez. A resolução, adotada com 14 votos a favor e uma abstenção, “exige um cessar-fogo imediato para o mês do Ramadã” — iniciado há 15 dias — que leve a uma trégua duradoura e “exige a libertação imediata e incondicional de todos os reféns”. O Ramadã, período sagrado para os muçulmanos, começou em 11 de março e deve terminar em 9 de abril. O Conselho realizou um minuto de silêncio pelas vítimas do atentado terrorista em casa de show em Moscou, que deixou 137 mortos na última sexta-feira, 22.
O texto foi proposto pelo grupo de dez membros não-permanentes (Equador, Japão, Malta, Moçambique, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovênia, Suíça, Argélia e Guiana). É a primeira vez que o órgão aprova uma resolução que fala em cessar-fogo imediato e a terceira em que dá aval a um texto que trata do conflito. Os americanos se abstiveram e os demais 14 membros da instância máxima da ONU votaram favoravelmente. A resolução estava prevista para ser votada inicialmente no sábado, mas foi adiada para permitir negociações. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que o país gostaria de ter apoiado a resolução, mas teve que se abster porque o texto não faz uma condenação explícita dos atos cometidos pelo Hamas. Mesmo não tendo votado a favor, a abstenção americana é um forte gesto de distanciamento de Israel —até agora, Washington vinha bloqueando resoluções que pedissem cessar-fogo. Em resposta, Tel Aviv cancelou a visita de uma delegação do país aos Estados Unidos no final desta semana.
Fonte: jovempan
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