Celebrado hoje nos cinemas em A Redenção, Bonhoeffer nasceu em Breslau, na Alemanha, em 1906. O teólogo luterano alemão, cresceu e viveu entre guerras durante toda a sua vida. Em seu chamado cristão, confrontou o nazism0 e foi atuante na Bekennende Kirche, a Igreja confessante, adversária do regime totalitário. O grande teólogo foi enforcado em 9 de abril de 1945 por militares do nacional-socialismo e teve o corpo queimado.
Ele sempre se opôs ao liberalismo, à fé abstrata, ao dualismo e à Igreja omissa. Seu enfoque: discipulado, encarnação e cruz. E a primazia da comunidade e da comunhão. Ele rejeitava a dita graça barata. O chamado de Jesus é para a cruz, a renúncia e o sacrifício.
Graça barata é a pregação do perdão sem arrependimento, sem a disciplina da igreja, sem confissão. É viver sem discipulado, sem o Cristo, vivo e encarnado. Devoção e prática andam juntas: ser cristão é orar e fazer o que é justo: o fato é que a Encarnação e a Cruz definem um amor abrangente pelo mundo. Como, em Cristo Deus se tornou pobre, miserável e desconhecido e quer ser encontrado só nesta pobreza, na cruz, jamais poderemos nos livrar das pessoas e do mundo. Por isso, amamos os irmãos.
O cristão é o discípulo.
Uma cristologia abstrata, mero sistema doutrinal, com um conhecimento religioso da graça do perdão, torna o discipulado supérfluo e o mata. É um cristianismo sem o Cristo vivo e é inevitavelmente um cristianismo sem discipulado, e cristianismo sem discipulado é sempre cristianismo sem Cristo. Ele nos chama a segui-Lo. Crer é ser discípulo. Se o nosso cristianismo deixou de ser discipulado, matamos o Evangelho numa exaltação emocional inútil e enganosa.
A obra de Bonhoeffer, Discipulado, é leitura obrigatória para todo cristão comprometido. A Igreja existe para o mundo. A única maneira concreta de Cristo estar presente agora é através do seu corpo, sua Igreja.
Fonte: plenonews
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