O corpo da cabeleireira Gabrielle Ferreira da Cunha, de 41 anos, uma das vítimas da operação policial realizada na Vila Cruzeiro, foi sepultado nesta quarta-feira, 25, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ela supostamente foi atingida por uma bala perdida fruto dos confrontos ocorridos no Complexo da Penha na terça-feira, durante ação coordenada entre a Polícia Militar, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal contra o tráfico de drogas. No entanto, parentes e amigos contestam a versão de que a cabeleireira tenha sido atingida dentro de casa. Segundo eles, a vítima estava no Morro da Chatuba, em uma favela vizinha, no momento em que foi atingida. A mãe de Gabrielle, Divone Ferreira, afirmou à Jovem Pan News que acreditar na versão apresentada é o mesmo que “crer em Papai Noel”. “Muito difícil. Estou aqui e desde ontem ainda não comi. Foi um choque muito grande. Já tive cinco infartos, tenho o coração aberto, mas ontem abriu mais. [Acredita na história de bala perdida]. Não, porque essas balas sempre tem um endereço”, disse Divone, muito emocionada. Até o momento, não foram identificados todos os corpos da operação. No entanto, segundo as forças de segurança, a maioria dos mortos tinham ligação com o tráfico de drogas, sendo que muitos seriam traficantes de outros Estados e membros de facções criminosas.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga