As eleições presidenciais nos Estados Unidos estão marcadas para dia 5 de novembro, porém, as prévias começam nesta segunda-feira, 15. Essas primárias são disputas internas dentro dos partidos, onde o vencedor ganha o direito de concorrer à Presidência. Essa prática não está prevista na Constituição americana e começou a ser adotada na década de 1960, após manifestações contra a Guerra do Vietnã. Atualmente, os pré-candidatos precisam cumprir critérios mínimos estabelecidos pelos partidos para participarem. As prévias desta segunda representam o primeiro caucus republicano em Iowa e se estendem até 8 de junho, com o caucus e a primária democrata em Guam e Ilhas Virgens, respectivamente. Apesar de seus problemas com a Justiça, Donald Trump tem, segundo as pesquisas, uma das maiores vantagens da história sobre seus rivais republicanos.
O veredicto será conhecido na segunda-feira a partir das 19h locais (23h em Brasília), quando os eleitores de Iowa se reúnem em escolas, bibliotecas e quartéis de bombeiros desse estado agrícola para designar seu candidato. Os habitantes de Iowa podem ter que lidar com um imprevisto: o frio mais intenso dos últimos anos em uma campanha presidencial no estado, com temperaturas que podem chegar a -32°C, neve e estradas cobertas de gelo. De acordo com pesquisa dos veículos Des Moines Register, NBC News e Mediacom publicada no sábado, 13, Trump sairia vitorioso em Iowa, com 48% de aprovação, à frente de Haley, com 20%, e Ron DeSantis, com 16%. Observadores não excluem, porém, que um dos dois principais concorrentes de Trump surpreenda e fique com parte da enorme vantagem do empresário.
Se Trump não obtiver a vitória esmagadora antecipada pelas sondagens em Iowa, corre o risco de parecer mais fraco para o restante das primárias. A partir da próxima semana, os pré-candidatos competirão em New Hampshire, depois em Nevada e na Carolina do Sul, em fevereiro. Um após outro, os 50 estados da União votarão até junho para proclamar, em julho, o candidato republicano à Presidência dos EUA durante a Convenção Nacional do partido. Para Trump, de 77 anos, a prioridade é garantir a vitória antes do início de seus julgamentos, alguns previstos para março. O Estados Unidos possuem um processo diferente do Brasil. Lá, os partidos políticos permitem que os eleitores participem desde o início na escolha dos candidatos através das prévias. Essa etapa inicial das eleições americanas é um processo longo, que começa em janeiro e vai até junho. Durante esse período, os candidatos fazem campanha, arrecadam fundos e debatem suas propostas, buscando convencer os eleitores a votarem em uma data específica.
O sistema de votação nas prévias varia de Estado para Estado. Em algumas regiões, são realizadas primárias, onde os eleitores votam anonimamente em locais de votação. Já em outras regiões, são realizados os chamados caucus, onde os eleitores precisam demonstrar publicamente seu apoio a um candidato. Após as prévias, os votos são contados e os delegados são distribuídos de acordo com o resultado. O candidato que obtiver a maioria dos delegados é indicado como candidato do partido. No entanto, é importante destacar que nem sempre o candidato mais votado nas prévias vence as eleições presidenciais nos Estados Unidos. Isso ocorre devido ao sistema de delegados, onde cada Estado possui um número específico de delegados que representam o partido na Convenção Nacional. O resultado final das prévias é oficialmente apresentado na Convenção Nacional de cada partido, onde o candidato é nomeado para concorrer à Presidência.
Fonte: jovempan
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