A CPI da Prevent Senior propõe indiciamento de donos da operadora de saúde e também de 18 médicos por crimes de omissão de socorro. O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Municipal de São Paulo sustenta a prática de homicídio, tentativa de homicídio, perigo para a vida, omissão de socorro, assédio moral, crimes contra a humanidade e falsidade ideológica. Por colaborar com a CPI, a médica Carla Guerra, ex-funcionária da operadora de saúde, não teve pedido para que fosse indiciada.
No relatório, aprovado por unanimidade, foram indiciados os proprietários da Prevent Senior: Fernando e Eduardo Parrillo. Além deles, os médicos Cleber Nunes da Rocha; Roberto de Sá Cunha Filho; Álvaro Razuk Filho; Sérgio Wilhelm Lotze; Rafael Souza da Silva; Rodrigo Barbosa Esper; Fernando T. Costa Oikawa; Marcelo Machado Castro, Saulo Emanuel Barbosa de Oliveira; Felipe Leitão Ribeiro; Valéria Cristina V. Martins; Fernando Silva Braga Bueno; Priscila Ligeiro Gonçalves Esper; Daniela Cabral de Freitas; Henrique Godoy; Sérgio Antônio Dias da Silveira; Clara B. Leutewiler; e o diretor executivo Pedro Benedito Batista Jr.
As conclusões serão encaminhadas agora aos ministérios públicos estadual e federal. A CPI reforça que a falsa pesquisa divulgada pela Prevent Senior sobre a cloroquina, a aplicação de protocolo contra o que previa o uso do ‘kit Covid’, composto por medicamentos sem nenhuma eficácia comprovada contra o coronavírus, e a existência do chamado Pentágono, uma estrutura informal da operadora que comandava as ações relacionadas à pandemia são os elementos que dão materialidade aos crimes apontados pela CPI e que sustentam os pedidos de indiciamentos. O presidente da comissão, o vereador Antonio Donato (PT), afirma que o relatório deixa claro que havia uma estrutura para constranger a autonomia médica e que incentivou o uso de medicamentos ineficazes, como a cloroquina e a ivermectina.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos