22 de Novembro de 2024

Cresce pressão por CPI dos institutos de pesquisas no Congresso Nacional


Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Deputados e senadores preparam uma reação ao desempenho dos institutos de pesquisas nas eleições presidenciais de 2022. O resultado do primeiro turno contrariou as previsões. Até a véspera da eleição, quando a saíram as últimas pesquisas de intenções de voto, os principais dados não conseguiram cravar se haveria, ou não, um segundo turno da disputa. Ao longo da campanha, por exemplo, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oscilou entorno dos 50% dos votos válidos na maioria dos levantamentos nacionais, enquanto o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), conquistava, em média, 30% da preferência dos entrevistados. Mas as urnas mostraram Lula com 48,43% e Bolsonaro com 43,2%. Os erros das pesquisas estão sendo analisados por alguns líderes do Congresso Nacional e o objetivo é saber se existe má fé ou estratégia para modificar o cenário político na corrida eleitoral. O senador Marcos do Val (Podemos) protocolou um requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar, mediante exame técnico, os sistemas de realização de pesquisas eleitorais pelas principais empresas e institutos de pesquisas do país.

O senador afirmou que o objetivo é verificar as causas da expressiva diferença entre as referências prognósticas e os resultados apurados: “Muitos brasileiros não querem perder o voto e seguem o que as pesquisas estão dizendo. E nós estamos escutando muito que essas pesquisas são entregues de acordo com o que o cliente deseja. Foi aberto o pedido de CPI, estou encaminhando para todos os senadores, precisamos apenas de 27 assinaturas para dar início à CPI, levantar, investigar e entregar ao Ministério Público esse movimento criminal contra as eleições no Brasil”. Na Câmara dos Deputados, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) também pretende apresentar um pedido de criação da CPI dos Institutos de Pesquisa. O parlamentar também está em fase de coleta de assinaturas. Em 2016, a casa arquivou um projeto que pretendia proibir a divulgação de pesquisas eleitorais em todo o país durante o período eleitoral.

Fonte: jovempan

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