O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse nesta segunda-feira (26) que os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em julho “vêm bem”, com uma geração de empregos com carteira assinada que já faz o número acumulado nos sete meses deste ano superior ao verificado em todo o ano de 2023. Marinho não deu números exatos. A divulgação oficial do Caged estava prevista para quinta-feira, dia 29, mas foi antecipada para quarta-feira, dia 28, às 14h30. Marinho destacou o comportamento dos empregos formais da indústria. “O Caged vem bem no desenvolvimento da indústria. O número de empregos gerados na indústria em sete meses também é maior do que os gerados nos 12 meses do ano passado. Destaco o papel da indústria porque ela tem a capacidade de, a partir do seu crescimento, influenciar na qualidade do mercado de trabalho e da valorização dos salários”, disse. Ele falou no seminário “Desenvolvimento e Mundo do Trabalho”, que acontece na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.
O ministro ponderou que, apesar dos números fortes na geração de emprego, os salários seguem “muito baixos”. Ele citou uma “rotatividade tremenda” ligada a pedidos de demissão, ou seja, a movimentação frequente dos trabalhadores em busca de melhor remuneração em um mercado de trabalho aquecido. Em seguida, Marinho defendeu esforços para aumento dos salários, sobretudo dos pisos salariais em negociações trabalhistas entre sindicatos e empregadores. “Neste momento, quando falo da capacidade de pautar ganho real de salário, é porque o mercado está aquecido graças especialmente ao projeto liderado pelo presidente Lula, de resgate do papel desenvolvido pela Caixa, Banco do Brasil, BNDES, Petrobras. Isso tem ajudado a impulsionar o processo, junto com o debate do novo PAC, das políticas públicas de valorização do salário mínimo, de isenção no imposto de renda. Tudo corrobora para o processo de retomada de crescimento da economia”, disse o ministro. Em 2023, o Caged registrou a abertura de 1,483 milhão de postos de trabalho. No primeiro semestre deste ano, o saldo positivo ficou em 1,3 milhão. De acordo com a fala do ministro, portanto, pode-se afirmar que, no mês de julho, foram gerados ao menos em torno de 183 mil vagas de emprego formais.
Publicado por Luisa Cardoso
*Com informações do Estadão Conteúdo
Fonte: jovempan
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.