A 23 dias do primeiro turno das eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue na liderança da corrida ao Palácio do Planalto. É o que aponta a mais recente pesquisa Datafolha, divulgada na noite desta sexta-feira, 9. De acordo com o levantamento, o petista tem 45% das intenções de voto. Na segunda colocação aparece o presidente Jair Bolsonaro (PL), que chegou aos 34%. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) tem 7%, ante 5% da senadora Simone Tebet (MDB). A senadora Soraya Thronicke (União Brasil) tem 1% das intenções de voto. Pablo Marçal (Pros), Luiz Felipe d’Avila (Novo), Vera Lúcia (PSTU), Sofia Manzano (PCB), José Maria Eymael (Democracia Cristã), Léo Péricles (Unidade Popular) e Padre Kelman (PTB) não pontuaram – o candidato do PTB não estava na pesquisa anterior. Brancos e nulos são 4%. Outros 3% não souberam responder.
O levantamento, finalizado nesta sexta, começou a ser feito na quinta-feira, 8, um dia depois das manifestações de 7 de setembro promovidas por apoiadores do atual mandatário do paÃs em diversas cidades do paÃs, com destaque para os atos da Avenida Paulista (SP), em Copacabana (RJ) e na Esplanada dos Ministérios (DF). A pesquisa, encomendada pelo jornal Folha de S. Paulo e pela TV Globo, tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ouviu 2.676 eleitores em 191 cidades e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-07422/2022.
Na pesquisa anterior, divulgada no dia 1º de setembro, Lula tinha 45%, contra 32% de Bolsonaro. Ou seja, neste perÃodo, o presidente da República oscilou positivamente dois pontos, dentro da margem de erro. Em termos numéricos, o candidato do PL atinge seu maior patamar de intenções de voto desde dezembro. Mais do que isso, trata-se da menor distância entre os dois principais candidatos desde maio, quando o petista ostentava uma dianteira de 21 pontos (48% a 27% na ocasião). Em relação ao último levantamento, Ciro oscilou negativamente dois pontos, também dentro da margem, enquanto Tebet se manteve estagnada. No cenário apresentado no dia 1º de setembro, Soraya, Marçal e d’Avila (Novo) tinham 1%. Vera Lúcia, Manzano, Eymael, Léo Péricles e Roberto Jefferson (PTB) não pontuaram. Neste novo intervalo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrou as candidaturas de Marçal e Jefferson.
Segundo turno e pesquisa espontânea
O Datafolha também testou cenários de segundo turno. Em um eventual embate no dia 30 de outubro, Lula venceria Bolsonaro por 53% a 39%. Em relação ao levantamento do inÃcio do mês, o ex-presidente manteve o mesmo Ãndice, enquanto o mandatário do paÃs, que busca a reeleição, oscilou positivamente um ponto. Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados, Lula tem 39%, ante 31% de Bolsonaro, 4% de Ciro e 2% de Tebet; 3% dos eleitores deram outras respostas. Brancos e nulos são 4%. Outros 17% não souberam responder.
RejeiçãoÂ
Ainda segundo o Datafolha, o Ãndice de rejeição aos candidatos seguiu estável. De acordo com o instituto, 51% dos eleitores dizem não votar de jeito nenhum em Bolsonaro – no inÃcio do mês, o Ãndice estava em 52%. O candidato do PT, por sua vez, é rejeitado por 39%, mesmo patamar da última pesquisa. Ciro Gomes é rechaçado por 24%, contra 14% da parlamentar do MDB. Entre as mulheres, que representam a maioria do eleitorado brasileiro (52% do total), o atual presidente da República segue sendo mais rejeitado (55%) do que a nÃvel geral. Lula, por sua vez, oscila para baixo, reduzindo seu Ãndice para 36%. A manutenção da rejeição ao ex-presidente da República ocorre no momento em que Bolsonaro subiu o tom em seus atos de campanha. Nos últimos dias, o candidato do PL chamou o adversário de “ladrão”, “quadrilheiro” e “ex-presidiário”.
‘Efeito AuxÃlio Brasil’Â
Entre quem recebe até dois salários mÃnimos, maioria do eleitorado brasileiro e público-alvo do AuxÃlio Brasil, Lula mantém ampla vantagem, com 54% das intenções de voto. Bolsonaro, por sua vez, tem 26%. Na prática, os números do Datafolha mostram que o pacote de bondades de mais de R$ 41 bilhões aprovados pelo Congresso Nacional a cerca de três meses da eleição ainda não gerou o efeito esperado pela campanha bolsonarista. Nas agendas e nas propagandas de rádio e TV, o presidente da República tem destacado que aumentou de R$ 400 para R$ 600 o valor do benefÃcio, que substituiu o Bolsa FamÃlia, bandeira dos governos petistas. Por outro lado, o QG lulista tem dito que o reajuste tem cunho eleitoreiro, destacando, entre outras coisas, que o Projeto de Lei Orçamentária enviada pelo Palácio do Planalto prevê, a partir de 2023, pagamentos no valor de R$ 405.
Fonte: jovempan
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatÃsticas sobre a sua utilização.