Ao menos 58 cidades do interior de São Paulo já cancelaram as festas de Carnaval 2022. A decisão busca evitar um novo aumento da Covid-19. No entanto, considerando os impactos econômicos dos cancelamentos e os diferentes entendimentos entre Estados e municípios, parlamentares vão discutir o tema na Comissão de Turismo da Câmara. O objetivo do debate é construir uma coordenação nacional sobre o assunto, explica o deputado federal e presidente do colegiado, João Carlos Bacelar. “Essa não é uma decisão da Câmara, mas defendemos que as autoridades à mesa e isso tenha uma orientação nacional. Não vamos poder fechar a fronteira da Bahia com Pernambuco, é impossível”, afirmou o parlamentar ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan. Na visão dele, é preciso que haja uma decisão única, que considere os impactos econômicos do cancelamento e, da mesma forma, as possíveis consequências sanitárias da realização da folia.
“O Carnaval tem 18 milhões de pessoas em Salvador, 15 milhões em São Paulo, 13 milhões no Rio, além dos que vêm de fora. Como controlar isso? Como evitar isso? Não faço o Carnaval em Recife, mas faço em Olinda? Isso vai elevar os ricos e fazer que o país possa voltar aos índices anteriores [da pandemia]”, afirma, que contrapõe com a questão econômica. “Só os festejos carnavalescos movimentam cerca de R$ 10 bilhões nas cidades onde tem a festa, como Salvador, Recife, Rio, São Paulo, Olinda e diversas outras. Mas, além disso, o Carnaval é importante economicamente pelo turismo, porque mesmo cidades que não têm Carnaval recebem turistas”, completa, admitindo o dilema.
Fonte: jovempan
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