A defesa de Daniel Alves apresentou um novo recurso de liberdade, informou o portal “Sevimedia”, nesta terça-feira, 16. De acordo com a publicação, os advogados alegaram que o risco de fuga do jogador com longa passagem pela seleção brasileira é “inexistente” – este foi o motivo para a Justiça da Espanha manter a prisão preventiva do ex-Barcelona. No documento, que contém 36 páginas, os representantes dizem que a fuga é impensável pela “desgraça desnecessária” que tal ato poderia acarretar aos familiares do atleta. O ofício faz ainda referências extensas à consistência do laudo pericial entregue ao juiz e também do material audiovisual analisado das câmeras da casa noturna Sutton, onde o brasileiro teria cometido violência sexual contra uma jovem espanhola.
Segundo o portal, a equipe jurídica entende ainda que, os dois minutos que decorrem entre a ida de Dani Alves ao banheiro seguido da jovem momentos depois, são fundamentais para mostrar que não houve nenhum tipo de coação. “Parece que eles decidiram de comum acordo e que ela consultou os amigos sobre a conveniência de se trancar no box”, afirma a carta, com base no que pode ser visto nas imagens e se sabe o teor do que todas declararam sobre esse momento. Por fim, a defesa de Dani Alves lembrou da disponibilidade do jogador em colaborar com o caso de forma voluntária ao deixar o México para comparecer e prestar esclarecimentos já sabendo que havia sido denunciado por crime sexual. Sobre a contradição no primeiro depoimento, os advogados disseram que a negativa do jogador em ter participado do ato foi para “salvar o casamento com Joana Sanz”, algo que não aconteceu.
Daniel Alves é acusado de ter abusado e violentado uma jovem de 23 anos, no dia 30 de dezembro do ano passado, na boate Sutton, na Catalunha. No mês seguinte, a mãe de Joana Sanz veio a óbito, vítima de um câncer de útero. O jogador brasileiro, inclusive, foi preso na Espanha após comparecer ao velório de sua sogra, no dia 20 de janeiro. Além do depoimento, a mulher que acusa o atleta conta com vídeos de câmeras de segurança do local e exames de corpo de delito para provar o crime — a jovem não busca ser indenizada. O ex-ala de Barcelona, Sevilla, PSG, Juventus e São Paulo, por sua vez, mudou de versões várias vezes sobre o ocorrido. As contradições apresentadas por Daniel Alves em seu depoimento, inclusive, teriam sido decisivas para a ordem de prisão preventiva.
Fonte: jovempan
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