A delegada Adriana Belém, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, foi presa nesta terça, 10, acusada de facilitar a operação de máquinas caça-níqueis. Alvo da Operação Calígula, a delegada tinha cerca de R$ 2 milhões em casa, guardados em embalagens de lojas de grifes e escondido em seu closet. Antes disso, Belém era conhecida por outras razões: considerada uma delegada ‘pop’, Belém tinha 161 mil seguidores em sua conta no Instagram, onde mostrava sua amizade com diversas celebridades. Nos vídeos, apareciam os ex-jogadores de futebol Adriano Imperador, Edmundo, Deco, Djalminha, Amoroso e Carlos Alberto, os pagodeiros Dudu Nobre e Xande de Pilares, o funkeiro MC G15 e o promoter David Brazil. Boa parte desses gravaram vídeos apoiando Adriana para ser vereadora da capital carioca em 2020 – ela teve 3,5 mil votos e não se elegeu.
Belém chegou a ser citada no BBB 22, durante uma conversa entre Pedro Scooby e Douglas Silva em que mencionam tanto a delegada quanto o filho dela, Gabriel Belém, figura constante nos vídeos que a mãe postava. A rede social também continha muitas fotos de Adriana em festas, passeios de lancha e rodas de samba. Uma das amizades mais próximas era com Adriano, com quem a delegada postava fotos constantemente; ele chegou a dizer que ela era “sua segunda mãe”. Nesta terça, após a prisão, Adriano postou mensagem enigmática na ferramenta stories do Instagram em que dizia que “você não conhece as pessoas, você apenas conhece o que elas permitem que você veja”. Segundo a denúncia contra a policial, ela teria acordo com Ronnie Lessa, ex-policial e um dos acusados pelo assassinato de Marielle Franco, para que 80 máquinas caça-níqueis apreendidas fossem liberadas.
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