Nesta quinta-feira, 18, o programa Pânico recebeu o deputado federal Abilio Brunini (MT-PL). Em entrevista, ele falou sobre a cassação de Deltan Dallagnol e relembrou quando o mesmo lhe ocorreu durante seu mandato na Câmara Municipal de Cuiabá, na capital do Mato Grosso. “No caso do Dallagnol, eu tenho poucas esperanças. É uma decisão do TSE, e o próprio pessoal tem visto que Dallagnol vai ser um mártir. Combateu a corrupção e foi perseguido e atacado da forma que foi. Existe uma mensagem de revanchismo e vingança lá dentro, querem acabar com quem tem esperança no combate à corrupção. Assim como Moro e Dallagnol, existe uma lista de prejudicados com deputados, inclusive de direita”, disse. “Quando fui cassado, me acusaram de abuso de autoridade porque fui presidente da CPI da Saúde, e a gente descobriu um escândalo de corrupção. A gente denunciou, pessoas foram presas. Quem estava envolvido se articulou para me prejudicar. Só que era da Câmara Municipal [de Cuiabá], hoje a perseguição do Moro, Dallagnol e outros é perseguição do chefe do Executivo, aquele que ele acusou de chefe da quadrilha e que o persegue hoje. Você percebe”, acrescentou.
Brunini analisou o atual momento do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e fez uma comparação entre a Operação Lava Jato e a atuação do ministro Alexandre de Moraes. “O que a gente tem observado é que o pessoal da esquerda está tentando repetir o mesmo processo, o mesmo caminho. Acusaram que Deltan e Moro tinham feito conluio para prender todo mundo na Lava Jato, só que o Alexandre de Moraes está fazendo a mesma coisa”, opinou. “Ele é quem julga, quem investiga, ele é a vítima. Está fazendo o mesmo caminho. Acusaram que prenderam os empresários amigos do Lula, o pessoal do STF está fazendo a mesma coisa com empresários que apoiaram o Bolsonaro. Isso que está acontecendo hoje é por causa de um Senado omisso”, justificou.
Ao falar do Senado, o parlamentar argumentou que o cenário da oposição é complexo e citou algumas vitórias na Câmara dos Deputados, como o adiamento da votação da PL das Fake News e o impedimento do Novo Marco do Saneamento de Lula. “Perdemos o Senado, o Judiciário e também perdemos a Presidência da República. A gente consegue segurar muita coisa, muita não entra em pauta. O próprio presidente da Câmara tem respeitado a oposição nesse sentido. A gente está conseguindo ter um bom trânsito”, afirmou. “O Senado tem se acovardado, parece que não existe mais. Parece um puxadinho do governo federal. Na minha percepção, deixou de fazer o seu papel. Nós vamos ser o freio desses processos, às vezes dá a sensação de que perdemos tudo, mas não vamos entregar de mão beijada. O exemplo do Deltan… Tem outros na lista. Nós vamos brigar”, assegurou.
Abilio ainda comparou as citações do presidente Lula ao Partido Comunista Chinês durante o período eleitoral do último ano. “Não foi falta de aviso, na pré-campanha do Lula ele já dizia que ele admirava o Partido Comunista Chinês, principalmente que tinha pulso firme, mandava e obedecia. Falava que [a China] controlava imprensa e rede social, ele já tinha avisado o que queria fazer. Ele não está lá sem um projeto de controle”, pontuou. “O José Dirceu falou que a esquerda demorou para entrar nas redes sociais, eles não tinham mais o domínio sobre isso e não conseguem reestruturar o controle da narrativa das redes sociais. Estamos lutando, vamos lutar até mesmo por esses projetos que estão tentando ser aprovados em pedaços. Combatendo para derrubar um a um”, concluiu.
Fonte: jovempan
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