Rodrigo Valdés, diretor do FMI para a América Latina e o Caribe, decidiu encerrar as negociações com a Argentina, uma ação que se seguiu a críticas feitas pelo presidente Javier Milei. A partir de agora, as discussões ficarão a cargo de outros representantes do Fundo, Luis Cubeddu e Ashvin Ahuja, que atuarão sob a supervisão da administração do FMI. A relação entre o governo argentino e a instituição financeira tem se mostrado mais dinâmica desde a posse de Milei, embora a sintonia entre ele e Valdés tenha sido sempre problemática. As críticas de Milei a Valdés foram feitas de forma indireta, ao associar o diretor a uma aliança de partidos de esquerda. Em resposta a essa situação, Kristalina Georgieva, diretora-geral do FMI, manifestou seu apoio a Valdés em julho.
A situação econômica da Argentina é crítica, com uma recessão acentuada e cerca de 50% da população vivendo na pobreza. Apesar disso, o país conseguiu registrar seu primeiro superávit fiscal desde 2008 no primeiro semestre de 2024, resultado de cortes significativos nos gastos públicos. Julie Kozack, também do FMI, destacou que os objetivos fiscais e de reservas do programa de crédito de US$ 44 bilhões com a Argentina foram alcançados até a metade de 2024. Essa informação é crucial, pois indica que, apesar das dificuldades, o país está cumprindo as metas estabelecidas. A situação econômica da Argentina continua a ser um desafio, mas a obtenção do superávit fiscal é um sinal positivo em meio a um cenário de crise.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Keller
Fonte: jovempan
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