Depois de temporadas hegemônicas e sete títulos mundiais, o britânico Lewis Hamilton teve um ano de 2022 muito abaixo do esperado. Em 2021, a briga pelo título dos pilotos durou até a última corrida, mas neste ano, os sucessivos problemas no carro deixaram Hamilton em grande desvantagem para o holandês Max Verstappen, da Red Bull, que se sagrou campeão no GP do Japão, faltando quatro rodadas para o fim da temporada. Por isso, o GP do Brasil tem um ar de “cumprir tabela” para os pilotos e uma chance de redenção para Hamilton. O britânico não venceu nenhuma corrida nessa temporada, mas tem o Autódromo de Interlagos como sua casa. Lá, o piloto da Mercedes conquistou seu primeiro campeonato mundial em 2008, mesmo sem o troféu da prova, que ficou com Felipe Massa. Ele só venceu em São Paulo em 2016, repetindo em 2018 e 2021, numa disputa incrível com Verstappen e que terminou com Hamilton passeando com a bandeira do Brasil no carro, repetindo o feito de Ayrton Senna. Os números podem não ser tão expressivos, mas o amor de Hamilton pelo país o tornou ídolo por aqui. Hamilton sempre deixou clara sua idolatria por Senna. Algumas vezes já utilizou capacetes que homenagearam o piloto morto em 1994. A identificação rendeu um prêmio de Cidadão Honorário entregue pela Câmara dos Deputados na última segunda-feira, 7, em Brasília.
O piloto se reuniu com algumas personalidades negras brasileiras na premiação e foi muito solícito. Envolvido em causas sociais, Hamilton tenta levar sua influência no esporte para demais áreas. Primeiro e único piloto negro da modalidade, considerada de elite, o britânico foi para as ruas defender o Black Lives Matter e levou a pauta do racismo para a Fórmula 1. Ele também trabalha pelo meio-ambiente e defesa dos animais, é vegano e tem uma rede de hamburguerias vegetariana, além de sempre fazer alerta nas redes sociais sobre crueldade animal. Seus prêmios não ficam restritos à pista. Ele também foi condecorado cavaleiro da Ordem do Império Britânico. A temporada não é fácil para o Sir. Lewis Hamilton, mas “em casa”, é possível que o fim desta fase tenha um desfecho mais alegre.
Fonte: jovempan
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