22 de Novembro de 2024

Edmundo González Urrutia será intimado pela 3ª vez na Venezuela por suposta ‘conspiração’


EFE/ Miguel Gutiérrez

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou nesta quarta-feira (29) que o candidato presidencial da principal coalizão de oposição, Edmundo González Urrutia, será intimado pela terceira vez, no âmbito de uma investigação contra ele, devido a uma suposta “conspiração” e outros crimes associados à denúncia de fraude eleitoral feita pelo antichavismo. “Há uma terceira intimação que vamos enviar a ele. São três, de acordo com a jurisprudência da Câmara Criminal. Uma pessoa pode ser intimada até três vezes para, neste caso, na qualidade de investigado, prestar depoimento em um processo em andamento que também vincula a desobediência às leis”, explicou Saab à imprensa.

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Segundo o procurador-geral, caso González Urrutia não compareça novamente a essa última convocação, o Ministério Público anunciará “no devido tempo” a ação “correspondente às leis”. Saab, que não especificou quando a terceira convocação será emitida, reiterou que a investigação está relacionada à publicação de um site, na qual o antichavismo alega ter computado “83,5% das atas eleitorais” coletadas por testemunhas e mesários na noite da eleição, para apoiar sua denúncia de fraude nas eleições presidenciais de 28 de julho. O maior bloco da oposição, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), divulgou essas atas, que o governo classificou como “falsas”, depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Nicolás Maduro como vencedor das eleições, posteriormente endossado pela Suprema Corte, o que foi questionado por muitos países.

“Se o CNE foi bom e foi excelente para Edmundo González se registrar com vários cartões, por que então agora que o CNE dá um resultado, por que ele prefere, além de desrespeitar, desafiar o CNE e ofender as autoridades legitimamente constituídas?”, questionou Saab. O Ministério Público intimou duas vezes González Urrutia, que não compareceu à instituição, pelo “suposto cometimento dos crimes de usurpação de funções, falsificação de documentos públicos, instigação à desobediência à lei, crimes de informática, associação para cometer crimes e conspiração”, que acarretam penas de até 16 anos de prisão. No domingo passado, por meio de um vídeo postado nas redes sociais, González Urrutia disse que o MP “pretende submetê-lo a uma entrevista sem especificar em que condições ele deve comparecer e pré-qualificando crimes não cometidos”. Na opinião do opositor, o procurador-geral “tem se comportado repetidamente como um acusador político”, já que, segundo ele, “condena antecipadamente e agora pressiona por uma convocação sem garantias de independência e devido processo”

*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte


Fonte: jovempan

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