Em meio aos intensos bombardeios russos na região de Donbass, o parlamento da Ucrânia aprovou neste domingo, 22, a prorrogação da ‘lei marcial’ até 23 de agosto, assim como da mobilização geral. Os dois textos já haviam sido prorrogados, em duas ocasiões, pelo período de um mês. A declaração da lei marcial aconteceu em 24 de fevereiro, dia do início da invasão da Rússia aos territórios ucranianos, pelo presidente Volodymyr Zelensky. Quase três meses depois, as tropas de Moscou seguem em ofensiva, atualmente concentrada na região leste do país, onde estão localizadas as repúblicas autoproclamadas independentes Luhansk e Donetsk. A ‘lei marcial’ significa que uma autoridade militar assumiu o comando do Estado. O instrumento utilizado por governos em situações consideradas gravíssimas permite limitar liberdades fundamentais dos cidadãos, como o direito de ir e vir, o de se reunir ou o de se manifestar livremente.
Bombardeios da Rússia realizados em 45 centros populacionais nas regiões de Donetsk e Lugansk causaram a morte de nove civis neste sábado, 21, informou o Grupo das Forças Unidas, em mensagem compartilhada nas redes sociais. Segundo o relato, outras 13 pessoas ficaram feridas. Ainda no leste da Ucrânia, os ataques destruíram ou danificaram completamente cerca de 100 objetos civis, entre eles 79 edifícios residenciais, uma escola de música, o edifício do Instituto de Línguas Estrangeiras, um edifício administrativo do Ministério da Ecologia, uma oficina de uma fábrica de máquinas e instalações de uma empresa de produção internacional. Além disso, esquadrões antibombas neutralizaram sete artefatos explosivos no distrito de Pokrovsk e cinco incêndios foram extintos em Donetsk.
*Com Agence France-Presse e EFE