Em visita a Bauru nesta segunda-feira (13), o reitor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Pasqual Barretti, assegurou a continuidade do Centro de Meteorologia (IPMet) e anunciou a destinação de R$ 350 mil para o órgão em 2022. Conforme o JC noticiou, a unidade, que é vinculada à Faculdade de Ciências (FC), corria risco de fechar as portas por falta de investimentos.
No entanto, para manter todos os custos com manutenção, segurança e limpeza, o IPMet ainda precisa de outros R$ 150 mil. Para adquirir esse montante, a direção da FC pede a coparticipação das prefeituras de todo Estado, uma vez que o serviço prestado pelo centro é considerado vital, inclusive em termos de segurança.
"O IPMet não fecha de jeito nenhum. É um patrimônio nacional de grande utilidade para a Defesa Civil, as prefeituras, os cidadãos e o agronegócio", afirmou o reitor, durante visita que teve como objetivo conhecer demandas do câmpus de Bauru e confirmar outros investimentos (leia mais abaixo).
Barretti reafirmou também a necessidade de buscar parcerias a fim de complementar os R$ 500 mil anuais necessários para manter as atividades do órgão. "Nós, agora, temos fôlego para buscar mais investimentos seja com Defesa Civil, municípios ou secretarias de agricultura. Já estamos em contato com Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações também. Estamos conectados com esses órgãos e faremos tudo para que o IPMet não só tenha sustentabilidade, mas também crescimento e desenvolvimento", garantiu.
De acordo com a direção da FC, o Conselho Universitário não liberou o montante total (R$ 500 mil) devido ao fato de o Centro de Meteorologia não exercer atividade fim (ensino, pesquisa e extensão) para a Unesp e, por isso, precisa contar com parcerias para manter parte do custeio.
PARCERIAS
Nesse sentido, a diretora da FC, Vera Lucia Capellini, acredita na necessidade de as prefeituras de todo o Estado assumirem parte dos custos do IPMet, pois este presta serviços de monitoramento e avisos de fenômenos climáticos considerados fundamentais para a Defesas Civil.
"O IPMet salva vidas. Segurança pública não é responsabilidade da universidade. As prefeituras, por sua vez, precisam assumir a corresponsabilidade de serem parceiras. E não é muito. Se cada um der um pouquinho, a gente vai conseguir ter informação de qualidade", conclui.
O Câmpus da Unesp em Bauru deve receber cerca de R$ 9 milhões em 2022 para a retomada das aulas presenciais. Os recursos serão aplicados em manutenções prediais, reformas para acessibilidade e adaptação e investimentos em infraestrutura, segundo a diretora da Faculdade de Ciências (FC), Vera Lucia Capellini.
Além disso, a universidade deve retomar os concursos públicos para contratação de docentes e servidores. Desde 2014, a instituição enfrenta dificuldades financeiras e um desequilíbrio econômico. Por isso, interrompeu a realização de novos concursos para repor os quadros.
"A gente pretende terminar a gestão [em 2024] com, pelo menos, 400 professores em 40 horas semanais. Seria o ideal para a Unesp estancar de vez o déficit de docentes. Acredito que, se ano que vem não houver um decréscimo importante no orçamento, vamos dar conta dessa meta", pontua o reitor Pasqual Barretti. No caso dos servidores técnico-administrativos, estão previstas 330 contratações para 2022.
Fonte: jcnet
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