Erosão 'gigante' já ameaça engolir muro de condomínio

Uma grande erosão, com pelo menos dez metros de profundidade e 500 metros de comprimento, ameaça engolir parte do muro do Condomínio Chácara Odete, no Jardim Colonial, em Bauru. A cratera, formada por um possível desvio do curso natural do Córrego Água Comprida, está a cerca de 25 metros da parede, conforme conta o presidente da Associação de Moradores, Eduardo Maio. O temor é justamente pela temporada de chuvas no final do ano. A Secretaria de Obras promete vistoriar o local nesta quarta-feira (10), para decidir quais soluções emergenciais adotar.

De acordo com Eduardo, a nascente do córrego fica perto da área erodida. Desde março, os moradores observam o aumento exponencial do buraco, surgido depois das chuvas. Eles suspeitam que o Água Comprida tenha desviado do curso original e, por isso, passou a escavar o terreno na parte de trás do condomínio. "O córrego deveria passar por outro ponto, onde há uma espécie de escada de concreto. Mas, parece que foi desviando, porque a escada está seca. Agora, a água formou essa enorme cratera", constata o presidente. O local é o mesmo onde, em 2016, uma outra erosão derrubou parte do muro do condomínio, nos fundos do residencial (leia mais abaixo).

Além do Chácara Odete, o curso d'água passa perto de outros três condomínios. "Como as casas são construídas próximas ao muro, temos medo da erosão engolir não só a parede, mas também atingir a casa de alguém. Temos visto chuvas cada vez mais fortes. É uma preocupação", avalia Eduardo Maio. A erosão continua avançando e já está a poucos metros de, pelo menos, duas grandes árvores.

VISTORIA

O secretário municipal de Obras, Leandro Joaquim, disse que visitará o local no começo da manhã desta quarta-feira (10), para avaliar quais ações emergenciais podem ser adotadas a fim de preservar a segurança da área. Segundo ele, uma das causas pode estar em problemas de infraestrutura na região. "Houve uma execução de galerias pluviais feita pela empresa que duplicou a avenida Antenor de Almeida. Mas, o dissipador foi construído de forma subdimensionada", conclui.