Nesta sexta-feira, 9, o programa Pânico recebeu Bruno Garschagen, especialista em monarquia britânica. Em entrevista, ele criticou a postura do candidato do PCB (Partido Comunista Brasileiro) ao Governo de São Paulo, Gabriel Colombo, que comemorou a morte da rainha Elizabeth em suas redes sociais. “O PCB é um partido revolucionário, é parte dos revolucionários querer matar os outros. Isso é uma bobagem completa, eu acho até inacreditável que, disputando eleição, ele dedique o tempo a falar uma bobagem como essa em rede nacional. É um ressentimento, um ódio inexplicável do ponto de vista da política brasileira. O que eu acho é que qualquer coisa que represente equilíbrio, moderação, história e passado causa um problema muito sério nesse tipo de gente. Como não conhecem a história do Brasil, acham que o país sempre deve ser reconstruído do 0. É muito difícil para essas pessoas entender o passado como tradição viva”, lamentou. Em nota, Colombo afirmou que o falecimento da monarca era o motivo para abrir uma cerveja. “Hoje é dia de abrir uma cerveja para comemorar a morte da rainha Elizabeth. Ainda que tenha demorado e não tenha sido pelas mãos da classe trabalhadora”, disse. “Elizabeth viveu uma vida de luxo, às custas da miséria de países colonizados pelo Reino Unido. (…) Elizabeth representou durante 70 anos a forma de poder mais arcaica que existe, deixando um legado de brutalidade e violência, pelo qual nunca se desculpou. Da nossa parte, não há o que lamentar na morte de uma colonizadora.”
Garschagen ainda opinou sobre a relação da rainha com a princesa Diana. “Ela sempre foi uma personalidade muito sóbria, e não era do padrão dela nem de outros reis ficarem dando opiniões públicas a respeito de política e da própria realeza. Acabou criando uma imagem negativa para ela, pois passaram a vê-la como alguém insensível ao drama da esposa do filho dela, e não é bem isso”, avaliou. “O problema já estava posto publicamente, se ela falasse qualquer coisa, aquilo colocaria mais lenha na fogueira. A maior parte das pessoas não sabe o protocolo que uma rainha deve seguir. Manter-se em silencio era uma característica da rainha para que o problema não se transformasse num drama ainda maior. Com a morte dela, acaba também um certo mundo antigo que se perdeu”, concluiu.