Mais de uma semana após as eleições legislativas na França, a coalizão de esquerda, que elegeu o maior número de parlamentares, ainda não conseguiu indicar um nome para o cargo de primeiro-ministro. Os trabalhos legislativos estão previstos para começar nesta quinta-feira (18), mas ainda não há uma perspectiva clara sobre a formação do governo. A nova frente popular, que vai da esquerda radical à centro-esquerda, enfrenta desavenças internas, especialmente entre a França Insubmissa de Jean-Luc Mélenchon e outros partidos. A possibilidade de escolher uma pessoa da sociedade civil, como a acadêmica Laurence Tubiana, uma das arquitetas do Acordo de Paris, tem sido discutida. Tubiana é vista como um nome que poderia agradar tanto aos esquerdistas quanto a Macron, mas a ala mais radical da esquerda não está satisfeita com essa opção.
A falta de consenso pode levar à paralisação dos trabalhos legislativos se um primeiro-ministro não for escolhido até o final da semana. O presidente Emmanuel Macron tenta emplacar Gabriel Attal, que foi primeiro-ministro nos últimos meses, para continuar no cargo. A estratégia de Macron é atrair a parte mais moderada dos partidos de esquerda para sua coalizão de centro, visando um governo estável pelos próximos três anos. No entanto, a tarefa não será fácil, especialmente com as Olimpíadas se aproximando e outras questões europeias importantes em discussão. A dispersão dos partidos e a insatisfação com a necessidade de negociar com o presidente complicam ainda mais a situação.
Publicado por Luisa Cardoso
Fonte: jovempan
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