O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, voltou a rechaçar nesta segunda, 7, a possibilidade de a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia. De acordo com Blinken, a medida poderia levar o conflito a crescer de escala. “Uma zona de exclusão aérea significaria que, se os aviões russos violassem a área, nós os derrubaríamos. Isso traria um risco considerável de criar um conflito direto entre nossos países (aliados da Otan) e a Rússia. Portanto, seria uma guerra mais ampla — e isso não é do interesse de ninguém, nem mesmo do povo ucraniano”, afirmou Blinken em entrevista coletiva concedida na Lituânia, durante visita oficial ao país.
O pedido para o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea foi feito diversas vezes pelo governo ucraniano nos últimos dias – o presidente do país, Volodymyr Zelensky, chegou a dizer que as mortes de civis em ataques russos estariam na conta da Otan por se recusar a atender à solicitação. A aliança utiliza o mesmo argumento de Blinken, de que está evitando uma escalada e um confronto direto com os russos. O início da guerra se deu justamente pela Rússia se sentir ameaçada com a Ucrânia se aproximando da Otan, e Moscou exige garantias de que o país vizinho jamais se tornará parte da aliança militar. Na Lituânia, Blinken ainda garantiu que o bloco está comprometido com a defesa de cada centímetro quadrado dos países da organização e que a segurança nos países da Otan que fazem fronteira com a Rússia foi reforçada.