Nas vésperas do 31º aniversário de independência da Ucrânia, que também marca o sexto mês do conflito no Leste Europeu, os Estados Unidos e o presidente Volodymyr Zelensky alertaram que a Rússia pode intensificar os ataques as infraestruturas civis e edifícios governamentais nos próximos dias. “Sabemos que eles têm como alvo principal as infraestruturas ou os edifícios governamentais, mas nada mudou fundamentalmente desde 24 de fevereiro”, afirmou o líder ucraniano. “Isto é o que a Rússia faz o tempo todo”, acrescentou. Diante deste cenário, a embaixada dos EUA solicitou que cidadãos norte-americanos deixem o país. “O Departamento de Estado dispõe de informações segundo as quais a Rússia intensifica seus esforços para executar ataques contra infraestrutura civil e instalações governamentais na Ucrânia nos próximos dias”, afirmou a embaixada em uma mensagem publicada em seu site, sem revelar mais detalhes. A nota pede aos cidadãos americanos que “saiam da Ucrânia no momento e utilizem os meios de transporte terrestre privados disponíveis”.
Na terça-feira, 23, Zelensky, reconheceu que a “cada dia” existe uma ameaça de novos bombardeios contra a capital Kiev e disse que, em caso de ataques, haverá uma “resposta forte”. Eles acreditam que os tropas de Vladimir Putin podem tentar “algo particularmente feio”. Em função disso, autoridades de Kiev proibiram comícios, desfiles ou qualquer manifestação pública, temendo que moradores se tornem alvos de um ataque com mísseis. A Rússia continua atacando de maneira frequente as cidades ucranianas, mas raramente atinge Kiev e seus arredores. Um ataque a capital seria algo incomum, pois ela está longe da linha de frente desde que a tentativa russa de tomar a cidade em março fracassou. Contudo, a morte de Daria Dugina, filha do ideólogo ultranacionalista russo Aleksandr Dugin, no sábado, 26, aumentou a tensão entre os países. A Rússia culpa a Ucrânia pelo atentado. O país de Zelensky nega e diz não ter ligação com o ocorrido.
*Com informações da AFP e Reuters
Fonte: jovempan
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