A Rota realizou uma operação na Rua Itapeti, no Tatuapé, zona leste de São Paulo, com mandados de busca, apreensão e prisão. A ação faz parte da operação Fim da Linha, deflagrada em abril pela Receita Federal e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo. A operação visa desmantelar um esquema de lavagem de dinheiro e atividades ilícitas do PCC (Primeiro Comando da Capital), envolvendo investimentos em carros, fintechs e imóveis avaliados entre 2 e 20 milhões de reais. Durante a operação, a polícia encontrou várias armas em um apartamento no Edifício Figueira Altos, o prédio mais alto de São Paulo, pertencente a Silvio Luís Ferreiro Cebola, membro do alto escalão do PCC. As investigações revelaram que um advogado lavava dinheiro para a facção utilizando empresas de fachada e laranjas para ocultar os verdadeiros donos dos imóveis e carros. A operação abrangeu mais de 40 endereços na região do Tatuapé, incluindo bairros como Jardim Anália Franco e Vila Regente Feijó. A informação foi revelada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.
Segundo a investigação, uma fintech movimentou mais de R$ 10 bilhões em dois anos, registrada no nome de um homem que morava em um barraco em Heliópolis. A região do Tatuapé tem sido palco de vários assassinatos e acertos de contas relacionados ao crime organizado, levando o Gaeco a compará-la à Little Italy de Nova York. A polícia afirma que membros do PCC estão integrados na sociedade, frequentando bares, restaurantes e baladas, e buscam ser reconhecidos como parte da alta sociedade.
*Com informações do repórter Anthony Wells
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