23 de Novembro de 2024

Família de candidato assassinado processa governo do Equador por ‘omissão’


reprodução/Instagram/@fernandovillavicencioec

Os familiares do candidato presidencial Fernando Villavicencio, morto a tiros no Equador, entraram com uma ação contra o governo e comandantes da polícia pelo crime de “assassinato por omissão dolosa”, argumentando que as instituições não garantiram a segurança do ex-jornalista, informou o advogado da família nesta sexta-feira, 18. De acordo com o advogado Marco Yaulema, Villavicencio havia sido ameaçado diversas vezes por criminosos incomodados com denúncias que fazia em suas redes sociais, e, por isso, era necessário um esquema de segurança maior no comício em que participou em 9 de agosto, dia em que foi atingido a tiros por um mercenário colombiano. Yaulema responsabilizou por falta de proteção adequada o presidente equatoriano, Guillermo Lasso; o ministro do Interior Juan Zapata; o comandante da polícia, general Fausto Salinas; e o chefe de inteligência, Manuel Samaniego. Villavicencio “estava ameaçado pelas máfias e todos sabiam, todo o Estado sabia”, disse ele em uma entrevista coletiva. De acordo com sua versão, falhas no esquema de segurança facilitaram o homicídio.

Um vídeo registrou o momento em que o candidato fica do lado direito de uma van sem blindagem. Do outro lado, um pistoleiro colombiano, segundo as autoridades, atirou duas vezes em seu rosto e uma vez nas têmporas, disse Yaulema. O assassino tentou fugir antes de ser abatido pelo guarda-costas do político. A família alegou que o número de agentes que faziam a segurança do candidato não era adequado e que o motorista do veículo não estava de prontidão ao volante. “Não havia absolutamente nada (segurança), estamos dizendo que o Estado equatoriano não garantiu a vida de um candidato à presidência da República”, insistiu o advogado, acompanhado de uma irmã de Villavicencio, um tio e sua filha mais velha. Em um comunicado, o ministério do Governo expressou seu “total rechaço às denúncias apresentadas” e solicitou que não “se politiza o caso e que se permita avançar com as investigações”.

Fonte: jovempan

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