O Instituto Adolfo Lutz confirmou que a dentista Mariana Giordano, e do namorado dela, o piloto Douglas Costa, por febre maculosa. Ela e o companheiro viajaram pela zona rural de Campinas, no interior de São Paulo, e para Monte Verde, em Minas Gerais. Ambos apresentaram febres e dor de cabeça e morreram no dia 8 de junho. Uma terceira morte pela doença, uma jovem de 28 anos, foi confirmada. Uma adolescente de 16 anos que estava no mesmo local está internada em hospital no município de Campinas e o caso está em investigação. Segundo informações contidas no site do Ministério Saúde, a febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável, desde formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A doença é causa por uma bactéria do gênero Ricketsia, transmitida pela picada do carrapato. De acordo com a pasta, existem duas espécies de riquétsisas associadas a quadros clínicos da febre maculosa: a rickettsia rickettsii, que leva ao quadro grave da doença, registrada no norte do estado do Paraná e nos Estados da Região Sudeste; e a rickettsia parkeri, normalmente registrada em ambientes da Mata Atlântica ( (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), com quadros menos graves.
Os principais transmissores no Brasil são os carrapatos do gênero Amblyomma, tais como A. sculptum (= A. cajennense), conhecido como carrapato estrela, A. aureolatum e A. ovale. O órgão ressalta que, potencialmente, “qualquer espécie de carrapato pode albergar a bactéria causadora da febre maculosa”, inclusive, o carrapato do cachorro. Os principais sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças: febre alta, dor de cabeça e no corpo, falta de apetite e desânimo. Na sequência, é comum o aparecimento de pequenas manchas avermelhadas, que podem crescer. Assim que surgirem os primeiros sintomas, o paciente deve procurar um médico. O tratamento é feito com antibiótico específico. A demora pode fazer a doença evoluir e causar a morte. Segundo a pasta, algumas medidas precisam ser adotadas para evitar a contaminação, principalmente em locais com risco de exposição à carrapatos.
De acordo com a Secretaria de Saúde de São Paulo, neste ano, foram registrados 12 casos de febre maculosa com 6 óbitos, incluindo os três confirmados desde segunda-feira (12) em todo o Estado. Em 2022, foram registrados 53 casos, com 37 óbitos confirmados. Já em 2021, foram 76 casos e 42 óbitos.
Fonte: jovempan
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