19 de Janeiro de 2025

Feriado de Finados é marcado por saudade das vítimas da Covid-19


O dia ensolarado desde as primeiras horas da manhã contribuiu para a visitação aos cemitérios de Bauru neste feriado de Finados (2), data que simboliza a lembrança e o legado de quem já se foi. Em meio à intensa movimentação de pessoas, muitas foram até as necrópoles para homenagear parentes e amigos que perderam a luta contra a Covid-19.

Em Bauru, a pandemia do novo coronavírus ceifou a vida de 1.233 moradores, deixando saudade e memórias de momentos vividos junto a outros milhares de bauruenses. Para a aposentada Azilda Sanches Maldonado, 76 anos, este Finados ganhou um sentido ainda mais profundo, já que perdeu cinco familiares neste ano, sendo dois em decorrência da Covid-19.

"Perdi uma cunhada e um sobrinho em março, com quinze dias de diferença. Eles eram mãe e filho. Ela já era idosa e ele tinha alguns problemas de saúde. Foi difícil, muito triste. Além de tudo, por causa da pandemia, a gente acaba se encontrando menos com a família, que é uma rede de apoio importante para nos dar forças", relata ela, que foi ao Cemitério da Saudade acompanhada da filha Adriana Sanches Scigliano, 53 anos, para prestar homenagens a entes mortos.

AUSÊNCIAS SENTIDAS

Diante do cruzeiro da necrópole, o funcionário público Valdemir de Lellis, 49 anos, acendeu velas e rezou pelas almas de vários amigos e colegas de trabalho que morreram em decorrência da Covid-19. De acordo com ele, todos tinham idade próxima a dele e alguns eram mais novos. Porém, mesmo sendo saudáveis, acabaram não conseguindo sobreviver.

"Também perdi meu sogro em janeiro. Ele era cardiopata, pegou Covid e foi intubado no dia do Natal, então, foi um fim de ano muito difícil para a família. Minha sogra não se recuperou da perda até hoje. Ele era feirante aqui em Bauru e foi sepultado em Iacanga, mas acendi velas para a alma dele aqui no cruzeiro", conta.

Já a auxiliar de coordenação Mayara Uyne Francisco Costa, 26 anos, acendeu velas nos cemitérios da Saudade, Redentor e São Benedito a alguns familiares e conhecidos que já partiram, inclusive uma amiga que perdeu a batalha contra o coronavírus em maio de 2020. A jovem conta que a mulher, de 71 anos, era bem próxima da família e sua ausência é sentida ainda hoje.

"Ela era saudável, não tomava nenhuma medicação, nada. Quando foi internada, mantivemos a fé de que ela iria se recuperar, mas o quadro piorou. Não teve velório, o caixão foi lacrado e não conseguimos nos despedir dela, que era uma pessoa tão querida. Isso foi muito duro. Mas fomos visitar o jazigo no Redentor para homenageá-la neste dia", completa.



Fonte: JC Net

Fonte: jcnet

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