Fernanda Montenegro assistiu, neste sábado (24), a peça “Alma Despejada”, monólogo apresentado por Irene Ravache no Teatro dos Quatro, no Rio de Janeiro. Ao final da sessão, ao cumprimentar a amiga e colega de profissão, Fernanda, de 94 anos, refletiu sobre as perdas que a classe artística tem sofrido nos últimos tempos, sobretudo da sua geração.
A atriz revelou que a primeira morte que realmente a afetou bastante foi a da também atriz Nicette Bruno, com quem começou a carreira no teatro. Nicette morreu em 2020, vítima de covid-19, aos 87 anos. “Estou muito espantada! Tem muita gente indo embora Muita gente não só da nossa área, mas da nossa memória cultural e política.”
“Quando a Nicette foi embora, tive uma coisa espantosa de finitude. E toda hora vai alguém da nossa memória”, continuou Fernanda, em vídeo feito pelo empresário Marcus Montenegro. A atriz também recordou o convívio com a amiga. “Nicete eu nunca vi sem rir, ela era feliz. Eu estreei teatro ao lado dela e ela era feliz, era espiritualista, era espírita, recebia seus espíritos e era feliz. Vivia sorrindo”, disse, na conversa com Irene Ravache.
Na semana passada, Fernanda reuniu mais de 15 mil pessoas na parte externa do auditório do Parque Ibirapuera em sua leitura de textos inspirados na obra “A Cerimônia do Adeus”, da filósofa francesa Simone de Beauvoir (1908-86).
“Quando a Nicette foi embora tive uma coisa espantosa de finitude. E toda hora vai alguém da nossa memória. E ela era feliz. Vivia sorrindo. Muita gente tá indo. To muito espantada.”
Que relato forte da Fernanda Montenegro para Irene Ravache, duas de nossas maiores atrizes. pic.twitter.com/gsk4501t3z
— Sérgio Santos (@ZAMENZA) August 26, 2024
Fonte: jovempan
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