O chef espanhol Daniel Sancho, filho do ator famoso Rodolfo Sancho, foi condenado nesta quinta-feira (29) na Tailândia à prisão perpétua pelo assassinato e esquartejamento do médico colombiano Edwin Arrieta na ilha turística de Koh Pha Ngan. Os advogados Marcos García-Montes e Carmen Balfagón, representantes da família de Sancho, anunciaram que apresentarão recurso contra a sentença. O Tribunal Provincial de Koh Samui confirmou a sentença em um comunicado. Sancho também deve pagar uma indenização à família de Arrieta de 4,4 milhões de baht (130.173 dólares, 723.000 reais) e 5% de juros por ano. Um tribunal da ilha vizinha de Koh Samui determinou que Sancho agiu com premeditação ao matar Arrieta em agosto de 2023, informou a advogada da família da vítima, Bussakorn Kaewleeled, à imprensa.
“O demandante está satisfeito com a sentença porque (Sancho) ficará na prisão pelo resto da vida e receberá uma compensação financeira”, disse Kaewleeled. “Sempre soubemos que a premeditação era um fato demonstrável e tínhamos os elementos para provar”, indicaram em um comunicado os familiares de Arrieta, que se opunham à pena de morte por motivos religiosos. O acusado, um chef de 30 anos com grande presença nas redes sociais, é filho do ator espanhol Rodolfo Sancho, conhecido por suas participações em séries de televisão de sucesso no país, e neto do ator Félix Ángel Sancho Gracia.
O julgamento aconteceu em abril na ilha de Koh Samui, cujo tribunal anunciou nesta quinta-feira o veredicto de um caso com grande cobertura da imprensa na Espanha e na Colômbia. Sancho está em prisão provisória há mais de um ano na Tailândia, desde que admitiu que matou e esquartejou Arrieta, de 45 anos, em 2 de agosto de 2023. O assassinato aconteceu em Koh Pha Ngan, uma ilha turística famosa por suas praias e festas. Durante o julgamento ficou estabelecido que os restos mortais do cirurgião colombiano foram guardados em sacos plásticos que Sancho descartou em diversos pontos da ilha.
O espanhol permanecerá preso em Koh Samui enquanto o departamento penitenciário da Tailândia decide onde deve cumprir a pena, informou a advogada da família Arrieta. O réu enfrentava o risco de pena de morte, mas a família de Arrieta se expressou contra a punição e solicitou uma sentença de prisão perpétua. A família Arrieta diz que “o único que pode tirar a vida é Deus”, explicou nesta quinta Juan Gonzalo Ospina, um de seus advogados, à W Radio.
*Com informações da AFP
Publicado por Sarah Américo
Fonte: jovempan
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