A cartilha “Saúde na favela numa Perspectiva antirracista” foi lançada nesta quarta-feira, 13, no Rio de Janeiro pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com o Movimento Negro Unificado (MNU). O objetivo da publicação, desenvolvida pela Coordenação de Cooperação Social da Presidência da Fiocruz (CCSP), é promover uma campanha de combate ao racismo nas favelas e nos serviços de saúde que atendem essas comunidades, como clínicas de família, unidades de pronto atendimento (UPAs) e centros de atenção psicossocial (CAPs). A iniciativa começou em quatro favelas do Rio de Janeiro onde a Fiocruz já desenvolve projetos: Vila Cruzeiro, Jacarezinho, Vila Kennedy e Mangueirinha. No entanto, a intenção é expandir a distribuição da cartilha para outras comunidades, como Manguinhos e Maré, que já demonstraram interesse. A primeira tiragem contou com 4,5 mil exemplares e a ampliação dependerá da demanda.
A cartilha está disponível em formato online e impresso e aborda temas como garantia de direitos e participação social, diferenças entre favelas, conjuntos habitacionais e loteamentos clandestinos, atuação dos profissionais de saúde na busca por direitos, racismo e violência armada, crimes raciais, história, racismo e intolerância, e saúde e violência obstétrica. O lançamento foi acompanhado pela exibição de trechos do documentário “Saúde antirracista na favela, é possível?”, produzido pela Fiocruz em parceria com nove organizações da sociedade civil. O filme aborda os processos de formação e construção de redes nas quatro favelas que são objeto da cartilha e da campanha, apresentando também narrativas de diferentes profissionais sobre o tema. O documentário será utilizado na campanha. Durante o ano de 2023, o projeto promoveu dez ciclos formativos com a participação de uma equipe multidisciplinar, que trabalhou o tema do antirracismo a partir da base conceitual da promoção da saúde e da participação no Sistema Único de Saúde (SUS). As oficinas foram realizadas nas favelas de Vila Cruzeiro, Jacarezinho, Vila Kennedy e Mangueirinha, com o objetivo de formar e promover a saúde com acolhimento, escuta ativa e enfoque antirracista para os moradores dessas comunidades que sofreram violações de direitos humanos. O projeto conta com o apoio de diversas instituições, como a Biblioteca Parque de Manguinhos, o Centro de Referência Para a Saúde da Mulher (Cresam) e a Associação Brasileira Terra dos Homens.
Fonte: jovempan
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.