O Flamengo está bem perto do pentacampeonato da Copa do Brasil. O time carioca colocou uma mão na taça ao derrotar o Atlético Mineiro neste domingo (3) por 3 a 1. No Maracanã, foi soberano, explorou com inteligência as fraquezas do rival mineiro e construiu a vitória com protagonismo de alguém que pode se despedir em breve do clube: Gabriel Barbosa, o Gabigol.
Para ser pentacampeão da competição que paga a maior premiação do país e embolsar mais de R$ 90 milhões, o Flamengo pode até perder na Arena MRV, em Belo Horizonte, onde os dois vão se reencontrar no próximo domingo (10), às 16h. O Atlético, que busca o tri da Copa do Brasil e acordou tarde no duelo deste domingo, tem de ganhar por três gols de margem. Se vencer por dois, a final será decidida nos pênaltis.
Gerson foi, de novo, o maestro do Flamengo. Mas quem decidiu foi Gabigol. Especulado no Palmeiras, que desistiu do atleta, o camisa 99 resolveu evocar o melhor Gabigol de anos atrás. Provocou muito, discutiu, mas jogou bola. Ele participou da jogada do primeiro gol, anotado por Arrascaeta, e fez o segundo e terceiro em finalizações precisas como nos seus grandes momentos.
Foi uma tarde inesquecível para o atacante que tantos títulos decidiu para o Flamengo. Não é certo se seu ciclo está na iminência de ser encerrado ou se seu contrato será renovado. Certo é que sua apresentação prova que Gabigol é predestinado e alguém de quem Tite não poderia ter prescindindo. Filipe Luís, por anos colega do jogador, resolveu apostar no atleta e não se arrependeu.
Um chute perigoso de Gustavo Scarpa defendido por Rossi, com segundos de jogo, poderia ser o prenúncio de que o Atlético havia ido ao Maracanã para vencer. Não foi. Em todo o restante do primeiro tempo, o Flamengo foi dominante, inteligente e eficiente ao explorar a frágil marcação do rival e ir às redes duas vezes.
Foi por meio de uma brecha nas falhas de encaixe defensivo dos mineiros que os cariocas marcaram com Arrascaeta, aos 10 minutos, pegando rebote em finalização de Gabigol, e com o próprio atacante. Completamente livre pela direita, ele avançou e tocou no canto de Éverson aos 38.
No segundo tempo, o Flamengo abriu mão de ter a bola, mas se defendeu e se armou para contra-atacar. Em um dos contragolpes que conseguiu, Gabigol concluiu com categoria aos 28 e fez mais de 60 mil flamenguistas sorrirem no Maracanã. Até aquele momento, o jogo do time rubro-negro era perfeito.
Só que o Atlético acordou, ainda que tarde, e aproveitou uma das poucas falhas do rival carioca, para renascer no duelo. Alan Kardec saiu do banco de reservas e, em seus primeiros lances, roubou a bola do desatento Léo Ortiz e finalizou da entrada da área para vencer Rossi. Os mineiros intensificaram a pressão e tiveram a chance de fazer o segundo. Não anotaram, mas demonstraram que estão vivos no confronto e a história pode ser diferente em Belo Horizonte, daqui a uma semana.
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FLAMENGO – Rossi; Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro (Ayrton Lucas); Evertton Araújo, Gerson e Arrascaeta (Alcaraz); Plata (Fabrício Bruno), Michael e Gabigol (Varela). Técnico: Filipe Luís
ATLÉTICO-MG – Everson; Lyanco (Saravia), Battaglia e Junior Alonso; Rubens, Otávio (Zaracho), Alan Franco, Guilherme Arana (Alisson) e Scarpa (Alan Kardec); Paulinho e Hulk. Técnico: Gabriel Milito
GOLS – Arrascaeta, aos 10, e Gabigol, aos 38 minutos do primeiro tempo; Gabigol, aos 28, e Alan Kardec, aos 34 do segundo
CARTÕES AMARELOS: Alex Sandro (Flamengo) e Guilherme Arana (Atlético-MG)
ÁRBITRO – Rafael Rodrigo Klein (RS)
RENDA – 15.692.580,00
PÚBLICO – 67.459 presentes
LOCAL – Maracanã, no Rio
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira
Fonte: jovempan
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