A participação no segundo turno das eleições legislativas na França atingiu neste domingo 26,63% às 12h (horário local, 7h de Brasília), o número mais alto desde 1981, informou o Ministério do Interior. No primeiro turno, no último domingo, a participação havia chegado a 25,90% no mesmo horário. Nas eleições de 2017, a participação no segundo turno foi de 18,99%. A elevada participação até agora mostra o importante interesse que os franceses atribuem a estas eleições, nas quais, pela primeira vez, a extrema-direita de Marine Le Pen poderá ficar em primeiro lugar e assumir o poder. Os primeiros dados oficiais sobre a participação na jornada eleitoral surgiram depois de notícias provenientes de vários pontos do país apontarem para uma participação significativa nas urnas, com total normalidade e sem incidentes.
Nessa altura, já tinham votado alguns dos rostos mais conhecidos da política francesa, como o primeiro-ministro Gabriel Attal, que foi o primeiro.
Attal votou às 10h (hora local) em Vanves (Hauts-de-Seine), onde aspira renovar seu assento para o 10º círculo eleitoral daquele departamento. O presidente Emmanuel Macron votou, como habitualmente, acompanhado da sua esposa Brigitte na pequena cidade costeira de Le Touquet (norte). O ex-presidente socialista François Hollande votou em Tulle, no departamento de Corrèze (centro), onde é candidato após ter regressado à política ativa para estas eleições.
Éric Ciotti, presidente do partido conservador Os Republicanos (LR), já havia votado, embora esteja em desacordo com a liderança do partido devido à sua aliança pessoal com a extrema-direita de Marine Le Pen.
Ciotti votou na cidade de Nice (sudeste), onde ficou em primeiro lugar no primeiro turno para a reeleição ao cargo que ocupa desde 2008.
A líder da extrema-direita Marine Le Pen, cujo partido RN é o favorito para vencer estas eleições, não votará hoje porque já foi eleita no primeiro turno no seu reduto eleitoral de Henin-Beaumont (norte).
A votação de hoje deve eleger 501 deputados, depois de 76 já terem conseguido a sua eleição na primeira volta ao obterem mais de 50% dos votos no seu círculo eleitoral.
O RN é o favorito em todas as pesquisas para alcançar a vitória, embora os números concordem que estaria longe da maioria absoluta de 289 assentos.
Isto poderia deixar uma situação de complicada governabilidade na França, sem qualquer partido ou coligação com maioria e com grande dificuldade em forjar alianças devido às fortes e profundas diferenças programáticas que os separam.
*Com informações da EFE
publicada por Tamyres Sbrile
Fonte: jovempan
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