Servidores do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), vinculado ao Ministério da Agricultura, anunciaram nesta terça-feira (11), que o órgão terá suas atividades interrompidas a partir do próximo sábado, 15, por falta de pessoal e recursos. O Inmet é o serviço oficial de meteorologia do Brasil e ganhou destaque em meio à crise climática. O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal do Estado de São Paulo (Sindsef-SP) disse em nota que o instituto vem perdendo orçamento nos últimos anos, desde que deixou de responder diretamente ao gabinete do ministro e passou a ser subordinado às secretarias da pasta. “Com um quadro de pessoal absurdamente restrito, o instituto é extremamente dependente de mão de obra terceirizada, inclusive altamente especializada nos diversos ramos da meteorologia (análise e previsão de tempo, climatologia, modelagem numérica, agrometeorologia, instrumentação meteorológica, banco de dados etc)”, diz o comunicado do Sindsef-SP. A entidade enviou uma carta ao ministério solicitando uma reunião com Carlos Fávaro, titular da pasta, para tratar do orçamento, da recuperação de autonomia da instituição e da falta de profissionais, entre outros pontos
Com a paralisação, os seguintes serviços devem ser suspensos:
– previsão do tempo;
– monitoramento do tempo;
– emissão de avisos de meteorológicos.
A interrupção nos serviços a partir do dia 15 estaria relacionada ao corte de funcionários terceirizados. “No dia 22 de maio, os colaboradores terceirizados contratados através do convênio FUNDECC (de 2021) foram pegos de surpresa, assim como todo o quadro operacional do Inmet, com a emissão de aviso prévio que se encerra em meados de junho”, diz nota do sindicato, que também informa que os terceirizados representam 60% dos meteorologistas operacionais (previsores) e 100% dos analistas de sistema que mantêm a estrutura do instituto, entre outras áreas. Segundo o sindicato, desde 2020 o orçamento do Inmet é insuficiente para manter suas atividades até o fim do ano de exercício. Em 2024, os recursos não foram suficientes para chegar ao fim do primeiro semestre, o que deixa o órgão “sem condições de continuar suas atividades”.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Fonte: jovempan
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