O governo do Estado de São Paulo inaugurou nesta terça-feira, 11, o Hub de Cuidados com Crack e Outras Drogas, no bairro do Bom Retiro, na região central da capital paulista. O centro ficará aberto 24h por dia e terá atenção especial em duas ações junto aos usuários de drogas da cracolândia, com acolhimento e monitoramento do paciente para posterior reinserção na sociedade. A capacidade do hub é de 700 atendimentos clínicos e 6 mil atendimentos sociais por mês, que são feitos em parceria com outros serviços públicos e assistenciais, como centros de reabilitação e comunidades terapêuticas. As internações podem acontecer por meio de agentes municipais da Prefeitura, do governo estadual, indicação de grupos sociais ou de forma espontânea. O hub será a porta de entrada dos pacientes para os serviços sociais e de saúde. Após um período breve de internação, os usuários deverão ser encaminhados para outros serviços municipais ou estaduais com maior capacidade de suprir as necessidades do paciente. O vice-governador de São Paulo, Felicio Ramuth (PSD), declarou que os atendimentos levarão em conta a individualização do paciente.
“Respeitará a singularidade de cada um. Terá 380 profissionais especializados em dependências químicas, abordagem nas cenas abertas de uso para os dependentes, principalmente de crack, e um acolhimento especial”, afirmou Ramuth. Segundo o prefeito Ricardo Nunes, atualmente são cerca de mil usuários de drogas vivendo nas ruas da capital. Deste total, 53% estariam nesta situação a mais de cinco anos e 39% a mais de dez anos. Em meio às polêmicas que envolvem a abordagem da Prefeitura na cracolândia, Nunes afirmou que o assunto é cercado “hipocrisia” e precisa ser levado com seriedade: “Estamos diante de um assunto muito, muito, muito sério. Está chegando a hora que a gente precisa parar com os discursos e poder partir para a prática, igual estamos fazendo, e poder dar o atendimento, acolhimento e salvar as pessoas”. Em relação à segurança da região central, o vice-governador anunciou a instalação de 500 câmeras de inteligência, com reconhecimento facial e no raio de 7,5 km do centro, para a identificação dos usuários e traficantes que circulam no local.
Fonte: jovempan
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