O Governo federal, através da Defesa Civil Nacional, reconheceu nesta quinta-feira, 7, estado de calamidade pública em 79 cidades do Rio Grande do Sul atingidas pelas chuvas intensas dos últimos dias. Com isso, os municípios estão aptos a solicitar recursos para ações que envolvem socorro, assistência às vítimas, reestabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura destruída. A medida, promovida pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, visa agilizar a assistência e liberação de recursos aos locais mais afetados pelo ciclone extratropical. “Por determinação do presidente Lula, toda a estrutura do governo federal continua focada no socorro às pessoas afetadas em qualquer grau pela tragédia e no suporte constante ao governo estadual e prefeituras”, declarou o ministro Waldez Goés (PDT), que está no Estado desde esta quarta-feira, 6.
Segundo o último balanço da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, subiu para 39 o número de mortos em decorrência das chuvas. Deste montante, 14 ocorreram em Muçum, nove em Roca Sales, quatro em Cruzeiro do Sul, três em Lajeado, dois em Estrela e Ibiraiaras. Mato Castelhano, Passo Fundo, Encantado, Santa Tereza e, agora, Imigrantes têm um óbito cada. Além do número já confirmado, nove pessoas continuam desaparecidas. As chuvas causadas pelo ciclone extratropical inundaram cidades, derrubaram pontes, destruíram lojas e deixaram vários estragos na infraestrutura do Estado. Até o momento, há 2.500 pessoas desabrigadas e outras 3.500 desalojadas. No total, foram resgatadas 2.745 cidadãos.
Nesta quarta-feira, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), já havia decretado estado de calamidade pública. Após anunciar o cancelamento dos desfiles do 7 de Setembro, o mandatário também confirmou que estava recebendo suporte do presidente Lula (PT). “Ele informou que em função de viagem para a Índia, e o vice-presidente também tem compromissos, não poderia comparecer. Mas estamos em perfeita sintonia para todos os esforços”, disse Leite. Já na tarde desta quinta-feira, 7, o governador declarou que está em Muçum, no Vale do Taquari, para acompanhar o trabalho de rescaldo da enchente. “O governo está mobilizado e disponibilizando todos os esforços e recursos para restabelecer a normalidade o mais rápido possível”, escreveu, em sua conta no X (novo nome do antigo Twitter).
Cidades em estado de calamidade pública no RS
Medidas de apoio à população
As vítimas atingidas pelo ciclone receberão recursos. Entre eles, o programa Volta por Cima, criado exatamente para este tipo de situação. “Aquelas famílias mais pobres, mais vulneráveis, o estado criou recentemente um programa, exatamente por causa dos ciclones, o Volta por Cima. Creditamos até 2,5 mil em cartão [cidadão]. A gente quer fazer isso muito rapidamente. Nos próximos dias, esse dinheiro estará no cartão”, explicou o governador Eduardo Leite. Além disso, a Caixa Econômica vai liberar o saque do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) por calamidade para trabalhadores residentes em municípios do Rio Grande do Sul atingidos pelas chuvas. As pessoas que foram afetadas pelo ciclone poderão resgatar até R$ 6.220,00 do FGTS.
Segundo o Climatempo, as condições para a chuva aumentam muito sobre o Rio Grande do Sul, assim como em quase todo o Sul do Brasil. Há risco de chuva forte na Grande Porto Alegre e Vales do caí e do Taquari, a Serra e o Planalto. Na sexta-feira, 8, a previsão é de mais chuva sobre todo o Rio Grande do Sul, que deve ser mais frequente e volumosa sobre as áreas de Serra e Planalto. As outras áreas podem até ter alguns períodos com a presença do Sol.
Fonte: jovempan
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