Na primeira reunião de negociação para a cúpula do G20, o governo argentino manifestou sua oposição a partes da declaração final que tratam de igualdade de gênero e empoderamento feminino. Essa postura foi acompanhada por nações árabes, além de Rússia e China, e reflete a mudança ideológica promovida pelo presidente Javier Milei, que adota uma linha ultraliberal. A recente troca na liderança da diplomacia argentina, com a saída da ex-chanceler Diana Mondino e a entrada de Gerardo Werthein, sinaliza uma tendência mais conservadora nas relações internacionais do país.
Milei, que tem como ídolo Donald Trump, pode optar por não apoiar o documento final do G20, o que poderia resultar em um isolamento da Argentina no fórum e impactar negativamente suas relações com o Brasil. Atualmente, a Argentina e a Arábia Saudita são os únicos membros do G20 que ainda não se juntaram formalmente à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, uma das principais iniciativas defendidas por Lula no grupo. A resistência do governo Milei está ligada a menções aos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU presentes no documento em discussão.
Em uma reunião realizada em outubro, a delegação argentina se absteve de apoiar um texto que abordava a igualdade de gênero, resultando em uma das raras ocasiões em que as negociações não chegaram a um consenso. O governo de Lula apresentou uma nova proposta aos negociadores, mas a Argentina deixou claro que não aceitava a redação anterior, considerando algumas expressões inegociáveis. Para avançar nas discussões, o governo Lula deverá realizar ajustes que possam atender às objeções levantadas.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias
Fonte: jovempan
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