23 de Novembro de 2024

Guaíba sobe para 5,20 metros, faz bairro ser evacuado e deve bater recorde nas próximas horas


DONALDO HADLICH/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

A cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, enfrenta uma situação de calamidade devido à nova cheia do Rio Guaíba. O aumento do nível da água, aliado às fortes ventanias, gerou ondas em diferentes pontos da orla da cidade. A região sul da capital gaúcha foi a mais afetada, levando à evacuação de moradores. Diferentemente do centro da cidade, que possui proteção por meio de diques, a região sul está diretamente exposta à cheia do Guaíba. O fenômeno se intensificou com o represamento das águas ao norte da Lagoa dos Patos, devido ao vento sul e à vazão do Rio Taquari. Isso resultou em um rápido aumento do nível da água desde a madrugada de ontem. Nesta terça-feira, o nível do Guaíba chegou a 5,20 metros, com expectativa de que bata o recorde de 5,35 metros ainda hoje. O bairro Lami, localizado na zona sul, foi um dos mais atingidos, levando os moradores a deixarem suas casas às pressas para buscar abrigo seguro. As imagens divulgadas nas redes sociais mostram a força das águas invadindo a cidade, com objetos submersos e até mesmo uma boia de navegação ao lado das quadras esportivas da orla. Bombeiros, policiais e voluntários tiveram de suspenderam os trabalhos de resgates em razão das chuvas e do vento.

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Diferentemente do centro da cidade, que é protegido por um sistema de diques, a região sul está diretamente exposta à cheia do Guaíba. De acordo com a agência MetSul, o fenômeno se intensificou com o represamento das águas ao norte da Lagoa dos Patos, motivado pelo vento do quadrante sul, juntamente com a chegada da vazão do Rio Taquari. O resultado foi a rápida elevação do nível do rio desde a madrugada de segunda. A prefeitura estima que cerca de 157,7 mil pessoas e 39,4 mil edificações foram diretamente afetadas pelas enchentes na cidade, com diversos bairros impactados. A situação de calamidade se estende por todo o Estado do Rio Grande do Sul, com desabastecimento de água e energia, escassez de mantimentos nos mercados e bloqueios em vias e estradas.

Publicada por Felipe Cerqueira


Fonte: jovempan

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