Considerado foragido desde o último domingo (16), Adriano Domingues da Costa deve se apresentar à polícia nesta semana, de acordo com o advogado que o representa. No sábado (15), ele foi gravado dando quatro tiros com arma de fogo contra um veículo no acostamento da Rodovia Castelo Branco, no interior de São Paulo, após desentendimento com os ocupantes – como o carro era blindado, ninguém se feriu. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a arma utilizada por Adriano foi entregue à polícia nesta segunda-feira (17). O carro e o passaporte do suspeito foram apreendidos no fim de semana, quando foi expedido um mandado de prisão temporária pela Justiça. O advogado Luiz Carlos Tucho Valsecchi afirma que o atirador não está em São Paulo, mas já concordou em prestar depoimento à Polícia Civil, “certamente nesta semana, mas em data ainda não definida”. O caso é investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itapetininga, que já solicitou imagens à concessionária que administra a rodovia para esclarecer o contexto em que ocorreram os disparos. Na versão de Adriano, segundo o advogado, ele tentava uma ultrapassagem, quando o motorista da frente teria jogado seu carro contra o dele em alta velocidade, após uma série de provocações. Na sequência, o casal que foi alvo dos tiros teria perseguido o suspeito e mostrado uma arma para ele.
“Mais à frente o Adriano para seu veículo e vai discutir com o causador dos problemas na rodovia, quando ocorre o saque da arma e os disparos”, disse Valsecchi. “E pasme, depois de tudo isso o cara ainda volta a ir atrás dele e quebra uma cancela do pedágio”.
O advogado diz ainda que não pode ser imputado ao seu cliente o crime de tentativa de homicídio, e que ele teve uma reação diante da perseguição que sofreu. “O que temos é porte ilegal de arma e disparo de arma de fogo, na medida em que a tentativa de homicídio está numa condição de crime impossível, por conta da blindagem do veículo”.
Valsecchi sustenta que as vítimas dos disparos estavam erradas, já que não registraram boletim de ocorrência sobre o caso. “Descobri que o casal vítima não foi à polícia. O inquérito foi instaurado de ofício pelo próprio delegado que viu (os vídeos) nas redes sociais, o que é no mínimo curioso”, disse ele.
Em suas redes sociais, o casal apresentou sua versão, contrapondo as acusações. “A gente não estava perseguindo de forma alguma. Ele estava vindo em alta velocidade, colidiu, a gente pediu para ele encostar e aconteceu o que aconteceu”, disse Gabrielle Gimenez, que ocupava o banco de passageiro.
Ela relata que as gravações ocorreram em momentos distintos. Na primeira parada, o homem teria sacado a arma e dado uma coronhada na janela do carro. Na segunda parada, quando Gabrielle acionava a Polícia Militar por telefone, o suspeito teria efetuado os disparos.
Já o condutor, William Isidoro, nega que estivesse armado na ocasião. “Eu sou instrutor de tiro, a gente conhece toda legislação vigente, sabemos que no momento não era possível estar armado. A gente não estava armado, isso foi constatado pela polícia na hora que a gente parou no posto”, disse ele.
*Com informações do Estadão Conteúdo
publicado por Tamyres Sbrile
Fonte: jovempan
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