Os hospitais pediários de São Paulo têm tido dificuldades para atender as crianças da cidade. Como apurou a reportagem da Jovem Pan News, a maior metrópole da América Latina tem horas de filas de espera e exemplos de superlotação nas unidades públicas de saúde. No Hospital Infantil Cândido Fontoura, com 118 leitos, localizado na zona oeste da capital paulista e referência no atendimento de crianças e adolescentes, foi encontrada uma situação limítrofe, com mais de seis horas de espera no pronto atendimento lotado e sem lugares o suficiente para espera. “Como que põem um médico só no hospital para atender”, denunciou uma usuária do hospital que não quis ser identificada. A reportagem também visitou o Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, no bairro da Bela Vista, outra unidade de referência pediátrica. Outra vez foi flagrada uma situação de superlotação e alta espera. Na porta da unidade, Maurício de Souza, que saiu com os filhos de Interlagos para buscar atendimento, relatou a decepção com o serviço: “A gente acreditava em uma coisa diferente, pela referência do lugar. É sempre indicativo de que o Hospital Menino Jesus é sempre muito bem atendido. Em crítica e avaliação, infelizmente hoje a rede pública é complicada. Não posso elogiar nenhum lugar”.
Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde, responsável pelo Hospital Infantil Cândido Fontoura deu esclarecimentos: “Só nesta segunda-feira, 1, o número de pacientes atendidos chegou a 317. Na primeira semana de maio, de segunda a sexta, 1.228 pessoas foram atendidas e, entre janeiro e maio, 21.875 pacientes receberam atendimento. Atualmente, três médicos atuam em um plantão de 24h no pronto-socorro. Para agilizar o atendimento neste período de maior incidência de doenças respiratórias, a unidade já solicitou a contratação de novos profissionais por tempo determinado”. A assessoria da Prefeitura de São Paulo, responsável pelo Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, também enviou um comunicado: “O hospital é especializado e referência no atendimento pediátrico na cidade de São Paulo. A taxa de ocupação é bastante dinâmica. O hospital segue operando normalmente, com maior procura entre os meses de abril e maio, quando a incidência de doenças respiratórias é comum, devido às mudanças climáticas. Nesta segunda, 1, a taxa de ocupação da unidade de terapia intensiva (UTI) alcançou 82%”.
Fonte: jovempan
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