O Hospital São Paulo é referência em atendimento público na capital paulista. Por ano, cinco milhões de pessoas em várias partes do Estado buscam nele atendimento médico qualificado. Profissionais renomados compõem o corpo clínico, que está ligado à Universidade Federal de São Paulo e é gerido pela Associação Paulista Para o Desenvolvimento da Medicina. No entanto, o hospital vem enfrentando sucessivas dificuldades. Nos últimos meses, foram mais de 300 demissões. A unidade tem um custo mensal de R$30 milhões e acumula uma dívida de R$450 milhões. Apesar da capacidade de abrigar 800 leitos, apenas metade está funcionando. Pacientes reclamam com frequência da falta de medicamentos. Em abril deste ano, o governo estadual anunciou um repasse de R$ 58 milhões para o Hospital São Paulo. Desse montante, R$ 8 milhões seriam destinados para a reforma do pronto-socorro, além de reparações hidráulicas e elétricas em um prazo de quatro meses. No entanto esse já passou, e as obras ainda não foram concluídas. Enquanto isso, o pronto-socorro está fechado, e pessoas que trabalham por ali dizem que a reforma está parada. Faixas foram colocadas na frente, avisando a população sobre as obras. A equipe de reportagem da Jovem Pan esteve duas vezes no hospital: em uma delas, conseguimos constatar que não havia pessoas trabalhando na reforma. Quem sofre as consequências é a população, que necessita do atendimento. Quando a reforma foi anunciada, os pacientes foram aconselhados a buscar outra unidade de atendimento mais próxima de suas residências. Em nota enviada à Jovem Pan, o Hospital São Paulo afirma que “passa por uma profunda reforma administrativa, em que se faz necessário zelar por cada real gasto, já que as verbas que recebe do SUS são insuficientes. Referência no atendimento de alta complexidade, o HSP está fazendo de tudo para superar a crise financeira”. “No momento, o Pronto-Socorro encontra-se em obras, extremamente necessárias para oferecer instalações adequadas e com acessibilidade à população. A reforma vinha ocorrendo de acordo com o cronograma, até que se descobriu que 80 por cento das pilastras estavam comprometidas pelo chamado ‘cupim de concreto’, demandando reparos imprevistos. Sendo assim, se faz necessária uma obra de reforço para que a estrutura suporte o peso de duas toneladas do sistema elétrico, de esgoto e de climatização”, acrescenta a instituição. “Este fato causou um prolongamento no prazo da entrega das obras, mas a equipe do HSP segue trabalhando para solucionar o problema e promover a entrega do PS no menor prazo possível. O Governo do Estado, que anunciou destinar verba para o HSP, acompanha a evolução da obra. Nosso principal objetivo é atender nossos pacientes com a qualidade e excelência que marcaram a trajetória deste, que é um dos mais importantes hospitais públicos do país”, finaliza.
*Com informações da repórter Camila Yunes
Fonte: jovempan
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.