Após a convocação de uma manifestação pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores do IBGE (Assibge), o presidente do instituto, Márcio Pochmann, divulgou um comunicado em seu site para esclarecer sua gestão. Ele destacou que, em 2024, a administração está concentrada na revisão das despesas de infraestrutura, especialmente em um contexto orçamentário restrito, com ênfase nos gastos relacionados a aluguéis. A manifestação, marcada para ocorrer em frente à sede do IBGE, critica a recente transferência de servidores da diretoria de pesquisas para um local de difícil acesso.
O sindicato exige que Pochmann adote uma postura menos autoritária e promova um diálogo efetivo com os trabalhadores, buscando resolver as insatisfações existentes. Além das críticas, uma declaração pública de servidores pede a destituição de Pochmann, alegando que suas decisões têm impactado negativamente o funcionamento do instituto.
Em resposta, o presidente mencionou a criação da Fundação IBGE+, aprovada pelo Ministério de Planejamento e Orçamento, e ressaltou a importância da presença dos servidores na instituição, que deve ocorrer duas vezes por semana. Pochmann também se comprometeu a realizar reuniões com o sindicato e a apoiar a recuperação salarial dos servidores.
O comunicado enfatizou a relevância da participação dos funcionários no cumprimento do Plano Anual de Trabalho, além de reforçar a missão institucional do IBGE, que depende do engajamento de todos os colaboradores.
A atual gestão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vem a público esclarecer pontos de sua atuação à frente da principal instituição de pesquisas públicas do país, em período que corresponde a pouco mais de um ano desde a sua posse, em 18 de agosto de 2023.
Em 2024, diante de um cenário austero nos limites orçamentários para todos os órgãos públicos, essa gestão focou na necessidade de rever suas despesas de infraestrutura, centrando atenção nos gastos com aluguéis, que alcançam um percentual elevado da execução orçamentária anual.
Tal inciativa está consubstanciada com o apoio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), tendo em vista que o IBGE integra o Projeto Racionaliza de ocupação otimizada e compartilhada dos imóveis da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, que permite tanto melhorar as condições de trabalho como recuperar os prédios pertencentes ao IBGE
Outra urgência assumida diante da restritiva situação orçamentária contou com a sustentação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com o reconhecimento do IBGE como Instituição de Ciência e Tecnologia. O Ministério do Planejamento e Orçamento aprovou a constituição legal da nova fundação pública de direito privado, e o IBGE passou a contar com a Fundação IBGE+. Recentemente foi apresentado para o Conselho Diretor do IBGE o Estatuto da Fundação IBGE+, bem como a estrutura do seu Conselho Fiscal e Conselho Curador, esse último com previsão de processo de votação interna para um(a) representante dos servidores da instituição.
Também se faz necessário atentar para que, em consonância com o MGI, que conduz o maior concurso público da História de 88 anos do IBGE, a necessidade de todos os colegas ibegeanos e ibgeanas estarem presencialmente na instituição duas vezes por semana, com foco na recepção, orientação e integração do conjunto dos novos servidores aprovados nesse concurso. Tal retorno parcial também objetiva a participação efetiva do corpo de funcionário no cumprimento do Plano Anual de Trabalho, compromisso assumido junto ao MPO e que contempla novas e inéditas pesquisas que permitam o cumprimento da missão institucional do IBGE: Retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento da sua realidade e ao exercício da cidadania.
Por fim, mas não menos importante, o destaque das frequentes reuniões democráticas com o sindicato nacional do IBGE que foram realizadas em pouco mais de treze meses de gestão, cujo apoio inegável da atual gestão do Instituto às reivindicações históricas dos funcionários e representadas pelo sindicato permitiu alcançar, por exemplo, a recuperação dos salários dos servidores permanentes e temporários. No mesmo sentido, a implementação transparente e participativa de dois inéditos encontros anuais com servidores para a definição das diretrizes do projeto IBGE 90 anos e a construção do Sistema Nacional de Geociências, Estatísticas e Dados (SINGED), conforme conferido pela realização da Conferência Nacional de Agentes Produtores e Usuários de Dados em julho de 2024.
Marcio Pochmann
Presidente do IBGE
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Keller
Fonte: jovempan
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