Há pouco mais de uma década, Igor Moreira realizava shows em bares e restaurantes de Manaus, mesclando canções autorais com sucessos do gênero em suas apresentações, sempre ao lado de um trio de músicos. Na última quarta-feira (4), o artista foi assassinado, aos 29 anos, com dezenas de tiros, enquanto entrava em casa, no bairro Colônia Santo Antônio, na Zona Norte da capital do Amazonas, ao voltar de uma viagem com a mulher, a estudante Janaína Silva, de 28.
O caso está sob investigação da Polícia Civil. Em depoimento às autoridades, Janaína afirmou que ela e o marido foram abordados por criminosos num carro branco, assim que chegaram em casa. Os suspeitos exigiram de Igor uma bolsa e uma arma, e o sertanejo respondeu que não sabia do que se tratava. Em seguida, o cantor recebeu cerca de 20 disparos.
Igor Moreira era um nome que circulava por palcos de bares com música ao vivo em Manaus e em cidades do estado amazonense. Aos 13 anos, ganhou um violão dos pais e, aos 16, decidiu tentar uma carreira profissional como cantor, ao lado da banda Trem Caipira.
Com o apoio do pai, lançou-se como artista solo aos 20 anos, publicando vídeos no Youtube em que interpretava letras autorais — como "Por toda a vida" — e realizava performances "cover" de sucessos de Bruno & Marrone, Luan Santana, entre outros.
A admiração pela música sertaneja era resultado de uma influência familiar, como o próprio contava. "Meu pai é mineiro... Então desde pequenininho escuto música sertaneja. Cresci nesse universo. Quando ganhei meu primeiro violão, tive vontade de cantar sertanejo", contou ele, numa entrevista a um canal local, em 2014.
O cantor era noivo, tinha um enteado e era pai de três filhos. Nas redes sociais da vítima consta que tinha estudado alguns períodos de Engenharia Civil numa faculdade particular de Manaus.
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