Cinco dias após encerrar a Operação Escudo na Baixada Santista, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo voltou a reforçar o policiamento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) na região neste domingo, 10. O reforço se deve aos recentes ataques contra policiais militares, como o que resultou na morte do sargento Gerson Antunes Lima, de 55 anos, baleado por criminosos na sexta-feira, 8, em São Vicente. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, o ex-secretário Nacional de Segurança Pública José Vicente comentou a ação dos policiais durante a Operação. Para o especialista, as acusações de excessos poderiam ser evitadas com o correto uso das câmeras nos uniformes. “Acho inaceitável que policiais tenham ido para a operação sem o uso das câmeras, porque elas são uma forma do Estado apresentar a máxima transparência sobre um dos aspectos mais delicados que o Estado tem em qualquer país no mundo, que é o uso da força legitimado pelo Estado em defesa da sociedade”.
“Policiais não podem romper este trato com a legalidade, esse contrato e essa responsabilidade, para usar a força achando que romper a lei para agredir criminosos possa ser aceitável”, afirmou Vicente. O ex-secretário Nacional de Segurança classificou a operação como ‘pontual’ e insuficiente para resolver os problemas da região: “O que é importante verificar é que segurança pública não se faz somente com ações pontuais. A partir daí, é necessário verificar onde estão as vulnerabilidades e os pontos fracos em toda a Baixada Santista (…) É necessário dar uma revisada geral nos problemas de segurança da Baixada Santista, que até então vinha tendo índices bastante confortáveis em relação ao Estado como um todo.” José Vicente também pediu que se apurem eventuais excessos da ação policial. “Para isso, deve ter o máximo possível de investigação e averiguação das condições legais, éticas e técnicas em que se desenvolveram estes trabalhos.”
Fonte: jovempan
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