22 de Novembro de 2024

Incêndios florestais na América do Sul estabelecem novo recorde em 20 Anos


Divulgação/Governo do Estado de Rondônia

Uma série de incêndios florestais, que se estende da Amazônia até as florestas da Bolívia, estabeleceu um novo recorde de focos de fogo na América do Sul, o mais alto em mais de 20 anos. De acordo com o programa BD Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até o dia 12 de setembro, foram contabilizados 346.112 focos de incêndio nos 13 países da região, superando o recorde anterior, que datava de 2007. A fumaça resultante desses incêndios já afeta a qualidade do ar em diversas cidades, incluindo São Paulo e La Paz, criando um corredor de poluição que se estende da Colômbia até o Uruguai. Para combater as chamas, os governos do Brasil e da Bolívia mobilizaram equipes de bombeiros, mas enfrentam desafios significativos devido à seca severa, ondas de calor e ventos fortes que dificultam o controle do fogo.

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Estudos indicam que, embora a maioria dos incêndios tenha causas humanas, a combinação de altas temperaturas e a escassez de chuvas, intensificadas pelas mudanças climáticas, contribui para a rápida propagação das chamas. Em São Paulo, as temperaturas têm se mantido acima de 32°C, e a cidade foi classificada como tendo a pior qualidade do ar entre 120 grandes cidades monitoradas globalmente. A seca que afeta o Brasil é considerada a mais severa já registrada e teve início no ano passado. Neste mês, o Brasil e a Bolívia lideram em número de focos de incêndio, seguidos por países como Peru, Argentina e Paraguai. Embora incêndios na Venezuela, Guiana e Colômbia tenham contribuído para o aumento dos registros no início do ano, a maioria já foi controlada.

Os incêndios na Amazônia geram uma quantidade significativa de fumaça, cobrindo uma vasta área de aproximadamente 9 milhões de quilômetros quadrados na América do Sul. Historicamente, o pico de incêndios na região ocorre em setembro, e a situação atual levanta preocupações sobre os impactos ambientais e de saúde pública decorrentes dessa crise.


Fonte: jovempan

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