22 de Novembro de 2024

Independentistas perdem maioria na Catalunha em eleição liderada pelos socialistas 


Noemi GRAGERA, Anahi ARADAS, Rebeca MAYORGA, Aitor ITURRIA / AFPTV / PARLAMENT DE CATALUNYA / AFP

Os partidos independentistas, que governam a Catalunha há uma década, perderam sua maioria no Parlamento regional nas eleições deste domingo (12), vencidas pelo Partido Socialista (PSOE) do presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, seis anos e meio após a tentativa de secessão em 2017. Com 98% dos votos apurados, as três formações separatistas que até então tinham maioria, incluindo a de Carles Puigdemont – líder da tentativa separatista – ficariam com 59 assentos, abaixo da maioria absoluta de 68, enquanto os socialistas obteriam 42. Apesar de os socialistas terem vencido com folga as eleições nesta região crucial de oito milhões de habitantes, a formação liderada na Catalunha por Salvador Illa terá que tecer alianças para tentar formar governo. A ascensão de Illa, ex-ministro da Saúde durante a pandemia e próximo a Sánchez, também é uma excelente notícia para o presidente do governo espanhol, que pretendia demonstrar nessas eleições que sua política a favor da “reconciliação”, na qual apostou desde que assumiu o governo em 2018, teve efeito.

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Sua situação parece, no entanto, mais confortável do que nas últimas eleições, de fevereiro de 2021, quando seus 33 assentos e sua vitória em votos se mostrou em vão diante da maioria de 74 deputados que o bloco separatista conquistou. Uma possível fórmula para os socialistas poderia ser buscar o apoio da esquerda radical, que já faz parte do governo central, e seduzir a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), da qual recebe apoio parlamentar em Madri.  Esse último movimento representaria a ruptura da ERC com quase uma década de colaboração separatista, que atingiu seu auge em 2017.

Embora não tenha se candidatado diretamente nas eleições, o presidente do governo espanhol também tinha muito em jogo nessa votação. Com esses resultados na Catalunha, Sánchez espera revigorar uma legislatura complicada pela dura oposição da direita e pela abertura de uma investigação judicial contra sua esposa, após a qual chegou a considerar renunciar há duas semanas. Essas eleições também marcaram a emergência de uma nova formação separatista de extrema direita, a Aliança Catalã, que conquistou dois assentos, mas com a qual os demais partidos separatistas dizem não querer se aliar.

*Com informações da AFP


Fonte: jovempan

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