Um relatório da Polícia Federal divulgado nesta sexta-feira (24) revelou novas informações sobre as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco. De acordo com o documento, um inspetor da Polícia Civil do Rio, com supostas ligações com milicianos, pesquisou o nome do pai da parlamentar no sistema interno da corporação um mês antes do crime. Em 2018, durante as primeiras investigações do caso, o inspetor chegou a ser intimado a depor na Delegacia de Homicídios, responsável pelo inquérito do caso, mas disse que não se lembrava do motivo da pesquisa. Ele não foi indiciado, apesar das suspeitas levantadas pela PF. Além disso, o relatório aponta que o mesmo policial teria conexões com milicianos, sendo visto em um clube na Zona Oeste da cidade no momento da prisão de membros de uma milícia. Ele foi levado à delegacia como testemunha, mas não foi preso.
Segundo as investigações, a atuação de Marielle Franco incomodava os milicianos do Rio, especialmente suas ações relacionadas à expansão irregular de terras. A PF destaca que a votação de um projeto de lei na Câmara, que visava regularizar um condomínio na Zona Oeste, pode ter sido um dos motivos para o assassinato da vereadora. O vereador Chiquinho Brazão, irmão do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão, foi apontado pela PGR como mandante do crime, juntamente com o irmão. Ambos estão presos preventivamente, mas negam qualquer envolvimento no caso.
Publicado por Heverton Nascimento
Fonte: jovempan
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