‘Em meio as negociações indiretas para cessar-fogo na Faixa de Gaza, Israel bombardeou, nesta segunda-feira (26), o enclave palestino, um dia após os ataques em grande escala entre Israel e o grupo libanês Hezbollah. Pelo menos cinco pessoas morreram em um bombardeio que atingiu uma casa no bairro de Al Rimal, na Cidade de Gaza, no norte, segundo fontes médicas. “Continuamos buscando […] Há mártires, feridos e desaparecidos sob os escombros”, disse um socorrista que pediu anonimato. Duas casas foram bombardeadas no bairro de Zeitun, também na Cidade de Gaza. O Exército israelense afirma ter “eliminado” dezenas de combatentes em Khan Yunis e Rafah, no sul, assim como em Deir al Balah, no centro. Enquanto isso, os mediadores dos Estados Unidos, Egito e Catar continuam tentando alcançar um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, juntamente com a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos.
Após mais de dez meses de guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas em território israelense em 7 de outubro, os bombardeios de Israel continuam castigando o pequeno território palestino. Na quinta-feira (23) começou uma nova rodada de negociações no Cairo com os israelenses. O Hamas, que governa Gaza desde 2007, não participa dessas conversas, mas uma delegação do movimento islamista palestino se encontrou com mediadores egípcios e cataris no Cairo no domingo, segundo um de seus representantes. Um dos principais obstáculos nas negociações é o “corredor Filadélfia”, uma faixa de terra ao longo da fronteira entre Gaza e Egito que as tropas israelenses ocuparam desde maio e que Israel deseja manter sob controle.
O Egito afirmou nesta segunda-feira que não aceitará forças israelenses em sua fronteira com a Faixa de Gaza, segundo uma fonte de alto escalão citada por um meio de comunicação próximo aos serviços de inteligência egípcios. O conflito em Gaza eclodiu em 7 de outubro, quando combatentes do movimento islamista palestino atacaram o sul de Israel e mataram 1.199 pessoas, em sua maioria civis, segundo um balanço baseado em números oficiais. Também foram tomados 251 reféns, dos quais 105 ainda estão em Gaza, incluindo 34 que os militares israelenses declararam mortos.
*Com informações da AFP
Publicado por Sarah Américo
Fonte: jovempan
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