Israel decidiu implementar “pausas limitadas” nas hostilidades na Faixa de Gaza, com o intuito de permitir que equipes de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) realizem a vacinação contra a poliomielite em crianças. Essa ação foi motivada pelo registro do primeiro caso da doença na região em 25 anos, afetando um bebê. As interrupções, que têm caráter “humanitário”, ocorrerão ao longo de três dias em diferentes áreas de Gaza, começando pelo centro e se expandindo para o sul e o norte. Embora a campanha de vacinação tenha sido organizada em colaboração com as autoridades israelenses, ela não deve ser confundida com um cessar-fogo. Israel reafirmou que os combates prosseguirão, mas haverá interrupções pontuais em locais específicos durante o período de vacinação. A Organização Mundial da Saúde (OMS) disponibilizou 1,26 milhão de doses de vacinas, que já chegaram ao território.
A meta é vacinar 640 mil crianças com menos de 10 anos. Apesar de 95% das crianças em Gaza já terem recebido vacinas contra outros tipos de poliomielite, a deterioração das condições de saúde e o contexto de guerra elevam o risco de surtos. Para a vacinação, mais de 2,1 mil profissionais de saúde estarão envolvidos, utilizando vacinas em forma de gotas orais. Entretanto, a segurança da equipe médica e a infraestrutura de saúde em Gaza são motivo de preocupação, uma vez que a maioria das unidades de saúde foi gravemente afetada. Apenas 11 das 36 instalações de saúde na região conseguem manter a cadeia de frio necessária para o armazenamento adequado das vacinas. A situação sanitária em Gaza é alarmante, com um alto potencial para o surgimento de epidemias devido às condições insalubres que prevalecem.
Fonte: jovempan
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