28 de Setembro de 2024

Janeiro roxo tem palestras e ações de conscientização sobre a hanseníase


A fim de alertar a população sobre os cuidados com a hanseníase, o mês de janeiro ganhou a cor roxa para lembrar da importância do diagnóstico e, principalmente, de que a doença tem cura. Em Bauru, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realiza ações junto à população com palestras e um mutirão de atendimento a pacientes referenciados (veja mais nesta página).

De acordo com Mariana Garcia Bortolucci, responsável pelo serviço de dermatologia da Policlínica municipal, apesar de ser uma doença muito antiga, ainda existe bastante preconceito com o paciente de hanseníase. "Antigamente, quem contraía a doença era deixado em um hospital, ficava isolado. Mas hoje nós temos tratamento e cura para o problema", a firma a médica dermatologista (leia mais nesta página).

Desde o começo do mês, estão sendo realizadas palestras em várias unidades de saúde, bem como avaliações dermatológicas e busca ativa por pacientes. A semana de mobilização é entre os dias 17 e 22, com intensificação das ações. Também estão previstas distribuição de material informativo, afixação de cartazes e um mutirão no dia 29 de janeiro para pacientes encaminhados pelos postos de saúde com suspeita da doença. O trabalho será realizado no Centro de Referência em Moléstias Infecciosas (CRMI).

AUTO EXAME

A dermatologista Mariana Garcia Bortolucci ressalta a importância do autoexame para detecção da hanseníase. "A pessoa precisa observar qualquer alteração na pele. Geralmente manchas esbranquiçadas ou avermelhadas. Também pode haver redução de sensibilidade, geralmente nas extremidades do corpo. No caso de qualquer um desses sintomas, é preciso procurar o médico".

Em estágios avançados, a hanseníase pode provocar deformidades e incapacidades físicas, principalmente nas mãos, pés e olhos. Ainda assim, o tratamento e a consequente interrupção da transmissão são possíveis. O que persiste, porém, é o preconceito. "Quando recebe o diagnóstico, a pessoa fica com medo, se sente discriminada. Procuramos tranquilizar e orientar que, apesar do longo tempo de tratamento, a doença tem cura e ela não vai transmitir para mais ninguém", diz Mariana.

No Brasil, cerca de 30 mil novos casos são diagnosticados todos os anos. É o segundo país com mais registros, atrás apenas da Índia. Em Bauru, no ano passado, foram notificados oito novos casos, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. Entre 2016 e 2021, foram registrados 66 novos casos no município.

Tratamento interrompe transmissão e doença não é altamente contagiosa

A hanseníase é uma doença bacteriana contagiosa, transmitida pelas gotículas de saliva e secreções, ou seja, pelas vias aéreas superiores. No entanto, não possui a mesma propagação de uma doença viral como a Covid-19. É preciso um longo tempo de contato com a bactéria para desenvolver a patologia. "Hoje nós sabemos que o contágio se dá a partir do convívio íntimo por mais de dois anos com a pessoa sem tratamento. Ou seja, basta a pessoa com a doença fazer o tratamento, isso já impede a transmissão. Portanto, não é um simples aperto de mão que vai transmitir a doença", explica Mariana Garcia Bortolucci, dermatologista da Policlínica municipal.

O tratamento é feito com quimioterapia e está disponível via SUS. São desde doses supervisionadas quanto comprimidos administrados em casa. O tempo de medicação varia de seis meses a um ano. Quanto antes feito o tratamento, menores são as agressões aos nervos evitando as complicações.



Fonte: JC Net

Fonte: jcnet

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